Durante o encontro setorial promovido pela Confederação Nacional da Indústria nesta quarta-feira (27), o presidente Lula anunciou que o Brasil tem dois parceiros estratégicos em vista para desenvolver sua economia.
Os próximos alvos do comércio brasileiro são a Índia e o Vietnã, dois dos países que mais crescem no mundo e que possuem proximidade com o Brasil em termos geoestratégicos. A Índia é membro fundador dos BRICS, enquanto o Vietnã se tornou parceiro associado do bloco em 2024.
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"O nosso próximo passo é a Índia", disse Lula aos empresários presentes. O presidente também destacou o Vietnã, que participou do G20 no Brasil, como um mercado a ser mais explorado, lembrando que o comércio brasileiro com o membro da ASEAN movimenta cerca de US$ 6 bilhões.
Economias em desenvolvimento
O Vietnã mantém um ritmo de crescimento econômico resiliente. Em 2023, o PIB cresceu 5%, e projeções indicam expansão de 6,1% em 2024 e 6,5% em 2025. O desempenho é impulsionado por exportações, turismo e investimentos.
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Para o período 2025-2029, o país projeta crescimento anual médio de 6,5%, apoiado por reformas estruturais e aumento do investimento público. A meta é atingir entre US$ 780 e 800 bilhões em PIB até 2030, ante US$ 433 bilhões em 2023.
Já a Índia segue como uma das economias de maior crescimento global. A previsão para 2024 é de 6,7%, sustentada por investimentos fixos e reformas estruturais. Desde 2019, o país mantém uma trajetória de expansão sólida, favorecida por sua demografia jovem.
Entre 2025 e 2029, espera-se crescimento anual entre 6% e 7%, com foco em inovação tecnológica, infraestrutura e geração de empregos. A segurança energética e mudanças climáticas são desafios-chave.
Parceria com a Índia
Durante o G20 no Rio (18-19 de novembro), Brasil e Índia avançaram em cooperações estratégicas de defesa. Entre os acordos discutidos, destaca-se a troca de caças HAL Tejas MK-1A pelo C-390 Millennium, além da possível aquisição brasileira dos mísseis BrahMos NG, que equipariam caças Gripen e submarinos Riachuelo.
A Índia, avaliada como mercado promissor para o C-390, também iniciou negociações para fornecer mísseis antiaéreos Akash ao Brasil, em tratativas desde abril de 2024, fortalecendo ainda mais os laços bilaterais em tecnologia militar.