O ataque massivo da Rússia à Ucrânia, conduzido nesta quarta (20) em resposta ao uso, por este país, de um míssil ATACMS fornecido pelos EUA e de mísseis de cruzeiro Storm Shadow britânicos contra o território russo, teve seus detalhes confirmados por Moscou nesta quinta (31).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em comunicado oficial que o ataque foi um teste inicial de um avançado míssil de alcance médio, o "Oreshnik", capaz de voar a velocidades hipersônicas (acima da velocidade do som, Mach 1) e uma avançada tecnologia militar para a qual "não há defesa".
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De acordo com Putin, o míssil balístico não tinha carga nuclear, mas esse foi apenas um teste “em resposta às agressões do Ocidente”.
O presidente reiterou, ainda, a capacidade russa de atingir instalações militares de qualquer país que use armas contra a Rússia. A mensagem é clara: Moscou deve responder "de forma simétrica" a qualquer escalada posterior do conflito.
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O míssil atingiu Dnipro, cidade no centro-leste da Ucrânia, na manhã de quinta-feira (21), e destruiu uma instalação industrial.
Um outro míssil hipersônico foi lançado — Kinzhal — e mais sete mísseis de cruzeiro — Kh-101 — foram interceptados pela Ucrânia na tarde desta quinta (21), afirmaram fontes oficiais de ambos os países.
Putin disse que continuará alertando os civis antes dos ataques, como foi o caso na quarta-feira (20), quando o conhecimento prévio do ataque russo por parte de autoridades internacionais permitiu o fechamento de diversas embaixadas em Kiev.
"Os sistemas de defesa aérea dos EUA não seriam capazes de interceptar esses mísseis russos", disse o presidente.
Em comunicado, a Força Aérea Ucraniana informou que o ataque a Dnipro foi lançado da região russa de Astrakhan, no Mar Cáspio, próxima da fronteira com o Cazaquistão.
Zelensky respondeu ao ataque dizendo: “Hoje, nosso 'vizinho louco' mostrou mais uma vez o que ele realmente é e o quão assustado ele está”.