COP29

Brasil assina acordo para evitar que comida apodreça em aterros sanitários

Pela redução das emissões de metano

Em vez de alimentar, destrói.O lixo orgânico gera metano em aterros sanitários, que muitas vezes vaza para a atmosfera.Créditos: Foto Zero Waste Europe
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De Baku, Azerbaijão -- O Brasil e outros 34 países deram hoje o pontapé inicial em uma iniciativa das Nações Unidas para cortar as emissões do gás metano derivadas de aterros sanitários.

A Declaração para a Redução de Metano de Lixo Orgânico foi assinada também por Estados Unidos, Reino Unido, Nigéria, Japão, Rússia e México -- ou seja, sete dos dez maiores emissores.

Os países se comprometem a inserir a questão em suas futuras metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.

Martina Otto, do Programa Ambiental da ONU, disse:

Reduzir as emissões de metano nesta década é nosso freio de emergência no aquecimento global.

A comida que apodrece nos aterros sanitários causa 20% das emissões de metano relacionadas ao ser humano.

De acordo com a presidência da COP29, os países que já assinaram representam 47% do total de emissões do gênero.

Martina, da ONU, também observou:

Também queremos ter certeza de que não estamos desperdiçando alimentos que poderiam alimentar pessoas e, em vez disso, estão contribuindo com as alterações climáticas.

Notícias do Brasil

A COP do Azerbaijão entrou na reta final com a expectativa de um "empurrão" dos líderes que se reuniram no G20, no Rio de Janeiro.

A Climate and Clean Air Coalition observou:

Existe pressão para que as Partes cheguem a um acordo sobre um Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG) sobre o financiamento climático. [...] Enquanto alguns observadores aguardavam pistas da Cúpula do G20 no Brasil, uma declaração divulgada hoje não apresentou nenhuma nova linguagem, apenas apelando à rápida expansão das negociações, "de bilhões para trilhões". Um apelo idêntico a este foi feito na Declaração dos líderes do G20 do ano passado, em Nova Delhi.

Um segunda boa notícia da COP29 desta terça-feira, 19, foi a adesão de mais três países, Reino Unido, Nova Zelândia e Colômbia, à Coalizão Internacional para a Eliminação Gradual dos Incentivos aos Combustíveis Fósseis, Incluindo Subsídios.

Dela já faziam parte Antigua e Barbuda, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Suíça.