A Rússia, potência responsável pela produção de pelo menos 12% de todo o petróleo mundial, anunciou, em maio de 2024, a descoberta de uma nova região produtora no território da Antártica com potencial de até 511 bilhões de barris.
A reserva, se confirmada, teria 32 vezes o volume das jazidas brasileiras e o dobro das sauditas — a Arábia Saudita é, hoje, a maior produtora do petróleo no mundo, com reservas comprovadas estimadas em 268 bilhões de barris até 2017.
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Agora, de acordo com uma investigação inconclusiva do Wall Street Journal, a Rússia estaria discutindo a incorporação, por parte da gigante estatal Rosneft Oil, de duas outras produtoras nacionais — a Gazprom Neft, parte da estatal de gás natural Gazprom, e a Lukoil — para um projeto que, se bem-sucedido, resultaria na segunda maior produtora de petróleo do mundo.
A nova empresa perderia apenas para a produtividade da Saudi Aramco, empresa saudita com produção diária estimada em até 9 milhões de barris, de acordo com dados de 2023 do Rystad Energy UCube.
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Essa única gigante nacional absorveria a demanda global pela energia russa num período estrategicamente importante para o país, em meio às disputas geopolíticas e ao conflito armado com a Ucrânia, que já motivaram diversas taxações e sanções ocidentais ao seu mercado energético.
A Exxon Mobil, maior petrolífera norte-americana, ficaria para trás com a formação de uma nova gigante russa, podendo ter sua produção superada em até três vezes.
A fusão ainda permitira que a Rússia controlasse de forma mais contundente os preços sobre o petróleo em lugares mais dependentes da sua infraestrutura, no leste europeu e na Ásia.
No entanto, um porta-voz da Lukoil afirmou que seus acionistas não estavam em processo de negociação, e que essa fusão não é do interesse da empresa.
De acordo com o Wall Street Journal, um porta-voz do Kremlin teria dito que as especulações levantadas a respeito de uma fusão dessa espécie seriam falsas, e que a reportagem poderia ter como objetivo a criação de vantagens competitivas para outros participantes do mercado de petróleo.
De forma geral, nenhuma das empresas confirmou sua intenção de uma fusão, mas os defensores do plano dizem que ele poderia trazer bons resultados para o mercado energético russo, em vista de uma diminuição nos lucros de exportação avistada nos últimos tempos entre empresas como a Rosneft.