De acordo com veículos internacionais, os Houthis, um grupo da resistência islâmica do Iêmen, realizou ataques que se estenderam por cerca de oito horas a navios das Forças Navais norte-americanas no Mar Vermelho, durante sua passagem pelo estreito de Bab al-Mandeb.
O estreito, cujo nome significa, em árabe, "Portão das Lágrimas", conecta o Mar Vermelho ao Golfo de Áden, entre a Península Arábica e o Chifre da África.
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É um dos principais pontos de comércio marítimo para o transporte de cerca de 10% do petróleo mundial, e países como França, China e os próprios EUA mantêm bases militares na região para assegurar a integridade das rotas.
O ataque dos Houthis à esquadra naval norte-americana foi notificado pelo porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, nesta terça (12), e pelo porta-voz do das Forças Armadas do Iêmen em publicação no X.
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Ryder afirmou que o Comando Central Militar dos EUA (CENTCOM) conseguiu repelir os ataques dos Houthis "com sucesso". De acordo com ele, o grupo político apoiado pelo Irã lançou pelo menos oito drones de ataque unidirecionais, três mísseis de cruzeiro e cinco mísseis balísticos contra o USS Stockdale e o USS Spruance, dois destroieres de mísseis guiados da marinha norte-americana. Mas todos eles foram derrotados "com sucesso", sem perdas por parte dos EUA.
Os Houthis teriam realizado duas operações militares, que duraram oito horas, com foco no porta-aviões Abraham Lincoln (CVN-72) e nos destroieres citados. O USS Abraham Lincoln havia sido destacado para o Oriente Médio para substituir o Theodore Roosevelt, outra estrutura norte-americana, em agosto deste ano, e está localizado no Mar Arábico. Ele comporta mísseis de cruzeiro e drones da esquadra dos EUA.
De acordo com o Al Jazeera, os Houthis têm atacado navios que tenham alguma ligação com o Estado de Israel desde o final do ano passado na região do Golfo de Áden, no Mar Vermelho, num gesto de solidariedade aos palestinos.
Alguns dos navios atacados pelo grupo — que, no total, passam de 90 — foram identificados como navios comerciais. O representante das Forças Armadas do Iêmen, Yahya al-Sarea, comunicou através de uma publicação na rede social X o ataque bem-sucedido ao porta-aviões dos EUA na terça (12).
Os Houthis estabelecem como condição para o fim dos ataques marítimos que se coloque um basta no genocídio de Israel contra o povo palestino.
No começo de 2024, uma operação dos EUA, da armada britânica e de mais uma dezena de países, denominada "Operação Prosperidade Guardiã" (em tradução livre), foi lançada ao Mar Vermelho para atacar os Houthis; e, em outubro, de acordo com a BBC, os militares norte-americanos lançaram diversos ataques a 15 alvos do grupo no Iêmen, direcionados à capital, Sanaa.