UCRANIA

A proposta desesperada de Zelensky para Trump manter a guerra, segundo a imprensa dos EUA

Financial Times revela que o ucraniano tem feito propostas generosas para manter o financiamento ao conflito

Créditos: Instagram/Volodymyr Zelensky
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O presidente ucraniano Vlodimir Zelensky propôs ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que os EUA e parceiros ocidentais tivessem acesso aos recursos naturais críticos da Ucrânia como parte de seu “plano de vitória”, segundo o Financial Times.

Aliados da Ucrânia teriam sugerido a Zelensky formas de manter o interesse da futura administração Trump na cooperação com Kiev, em vez de reduzir o apoio ao país como prometido na campanha eleitoral do extremista de direita.

Entre os pontos do plano, estão o deslocamento de algumas tropas americanas na Europa por forças ucranianas e a “compartilha dos recursos naturais críticos” com parceiros ocidentais, disseram fontes ouvidas pelo periódico dos EUA. As mesmas fontes afirmam que  Trump teria mostrado interesse nas propostas de Zelensky, especialmente nessas duas áreas.

A Ucrânia possui vastos recursos naturais, destacando-se em várias categorias. É a primeira da Europa em reservas de urânio e a segunda em titânio e manganês, com 2,3 bilhões de toneladas de manganês, representando 12% das reservas globais. O país também é rico em carvão, ocupando o sétimo lugar mundial com 33,9 bilhões de toneladas. Em termos de gás natural, a Ucrânia é a terceira da Europa em reservas de gás de xisto, com 22 trilhões de metros cúbicos

Além disso, líderes empresariais ucranianos consideram propor ao governo dos EUA o controle sobre investimentos no país, permitindo a Washington influenciar decisões empresariais na Ucrânia. 

Em setembro, Zelensky apresentou a Trump seu “plano de vitória” contra a Rússia em uma reunião em Nova York. Trump expressou desejo de encerrar o conflito e buscar um “acordo justo” para todos os envolvidos.

Após vencer a eleição, Trump teve uma conversa telefônica que Zelensky descreveu como “magnífica”. Ele afirmou que ambos mantêm um “diálogo estreito e cooperação”, destacando a importância do papel dos EUA para a paz global.