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Marco Rubio: os planos do secretário de Estado de Trump "bolsonarista" para o Brasil

Senador de origem cubana é apontado como próximo chefe da diplomacia estadunidense

Jair Bolsonaro, Eduardo e Marco Rubio durante encontro em 2020Créditos: Reprodução/Twitter
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O New York Times anunciou que o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, será o novo chefe do Departamento de Estado dos EUA.

A posição, anteriormente ocupada por figuras como Antony Blinken, Colin Powell, Hillary Clinton e Mike Pompeo, é a mais importante nas relações exteriores de Washington.

Rubio será o primeiro latino a ocupar o cargo, mas não se engane: oriundo de uma família cubana anti-Castro - como a maioria dos latinos de Miami, na Flórida -, ele adotará uma postura rígida frente à América Latina e, em especial, ao governo Lula.

O senador já acenou em favor da extrema direita brasileira em diversas ocasiões. Rubio expressou, em diferentes momentos, apoio ao governo Bolsonaro, vendo-o como um importante combatente dos movimentos de esquerda na América Latina.

A indicação de Rubio para o posto mostra que, de fato, Trump assumirá uma postura mais intervencionista em relação aos assuntos da América Latina.

Em 2023, Rubio defendeu sanções econômicas contra a Bolívia durante o governo de Luis Arce, que prendeu os golpistas de 2019. O senador reconhece Edmundo González como presidente da Venezuela e é contra qualquer revisão das sanções à Cuba, defendendo uma postura ainda mais rígida contra Havana. 

Pressão pró-Bolsonaro?

Para o Brasil, a situação não é muito diferente. Além da postura elogiosa quando Bolsonaro venceu as eleições em 2018, Rubio ainda é grande amigo do articulador internacional da extrema direita Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em 2020, Eduardo Bolsonaro afirmou que Rubio "é muito querido pelos brasileiros nos EUA! Ele dá o tom quando o assunto é Cuba, Venezuela e América Latina dentro do Congresso dos EUA e tem feito um extraordinário trabalho, principalmente sobre a escravidão dos médicos cubanos".

Recentemente, Rubio reforçou seu apoio à extrema direita ao criticar duramente a posição brasileira de suspender o funcionamento do X no país.

"Há algum tempo, ouço falar da campanha de censura governamental em andamento no Brasil. A recente decisão de proibir o X é a mais recente manobra do juiz Alexandre de Moraes para minar liberdades básicas", afirmou.

 

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