A Coreia do Norte realizou, nas proximidades da fronteira com a Coreia do Sul, um ataque de interferência no Sistema de Posicionamento Global (GPS), uma ação cujo objetivo é bloquear ou distorcer os sinais, causando falhas de localização, navegação e sincronização de sistemas que dependem do serviço.
Segundo informações de autoridades militares de Seul, a operação afetou várias embarcações e dezenas de aviões civis no país. Foi emitido um alerta no sábado (9) para os navios e aeronaves que operavam na área do Mar Ocidental, também conhecido como Mar Amarelo.
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Os chefes do Estado-Maior sul-coreano emitiram uma nota sobre a ação. “Pedimos à Coreia do Norte que interrompa imediatamente as provocações de interferência de GPS e alertamos veementemente que será totalmente responsabilizada por quaisquer consequências resultantes”, disse o comunicado.
"Ainda não está claro se há a intenção de desviar a atenção do mundo das mobilizações de tropas [norte-coreanas para a Rússia], incutir insegurança psicológica entre os moradores do Sul ou responder aos exercícios [militares da Coreia do Sul] de sexta-feira", disse à AFP Yang Moo-jin, reitor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul.
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Entre 29 de maio e 2 de junho, estima-se que 500 aviões e centenas de navios tenham tido problemas de GPS devido à interferência norte-coreana, segundo relato do governo da Coreia do Sul à época. Houve reclamação por parte de Seul ao órgão de aviação das Nações Unidas, a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que alertou a Coreia do Norte para que parasse com o bloqueio.