CRISE

VÍDEO: Manifestantes pró-Evo tomam quartel na Bolívia e militares são feitos de reféns

Após repressão nas estradas, duas mil pessoas invadem edifício das Forças Armadas; crise política se aprofunda

Fardados viram reféns na mão de manifestantes de esquerda na BolíviaCréditos: Reprodução
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O quartel-militar de Cacique Juan Maraza, em Cochabamba, na Bolívia, foi tomado por cerca de dois mil manifestantes pró-Evo Morales na manhã desta sexta-feira (1).

O grupo de militantes apoiadores do ex-presidente boliviano ingressou no quartel e fez militares de reféns. "Que viva a luta", gritaram os ativistas ao tomar o controle do recinto.

Em um vídeo, um fardado afirma pede aos seus superior pelo fim da repressão aos bloqueios, “já que a vida de todos os meus instrutores e dos meus soldados está em perigo". "Por favor, meu general, peço sua autoridade para considerar. “Estamos aqui pais, filhos, irmãos, famílias inteiras”, afirmou o militar.

Veja:

O que está acontecendo na Bolívia?

A tomada do quartel é uma reação à repressão do governo boliviano aos protestos pró-Evo que fecharam estradas no país ao longo dos últimos dezessete dias.

Os militantes pró-Evo bloquearam as principais vias do país após Morales se tornar investigado por uma acusação de estupro e tráfico de pessoas. 

Há meses, Evo e o atual presidente boliviano, Luis Arce - ex-aliado do ex-presidente - tem entrado em rota de conflito para domínio do partido MAS (Movimento ao socialismo). Morales deseja ser candidato à presidência no ano que vem, enquanto Arce deseja ser o nome unificado da esquerda.

No último domingo (27), Evo Morales foi alvo de um atentado a tiros.

Nesta quinta-feira (30), Arce ordenou os manifestantes a se desmobilizarem.

“Não pode haver nenhum diálogo sem suspender os bloqueios e as medidas de pressão que estão estrangulando […] Por isso exigimos a suspensão imediata de todos os pontos de bloqueio”, declarou Arce em mensagem à nação.

Hoje, Arce ordenou a desobstrução das vias com o uso das Forças Armadas, o que gerou repressão. A resposta dos manifestantes evistas veio através da tomada do quartel de Juan Maraza. 

 

Com informações de El Dia e El Deber.