Até hoje (3), o vírus Marburg, que apareceu em Ruanda (na África Oriental), já foi responsável por 11 mortes e 36 casos de infecção, de acordo com o Ministério da Saúde do país.
O vírus tem uma alta taxa de mortalidade, que pode chegar a 88%, e é um parente próximo do vírus do ebola — assim como ele, também é transmitido por morcegos frugívoros e fluidos corporais de pessoas infectadas.
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Agora, a ciência precisa correr para desenvolver uma vacina eficaz para combater novos casos do vírus, antes que o surto tenha o potencial de se tornar pandêmico.
Na quarta (2), uma estação de trem na Alemanha foi isolada, como medida de segurança, pela suspeita de que dois passageiros recém-retornados de Ruanda estivessem infectados com o vírus.
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Apesar do resultado negativo dos testes, os dois continuam em isolamento — e devem permanecer assim por 21 dias, conforme noticiou um jornal alemão.
Os sintomas da infecção pelo Marburg são similares aos do ebola: incluem febre hemorrágica, dor de cabeça e dores musculares, fraqueza, diarreia, náusea e vômito.
Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos aprovados contra o vírus, mas cientistas já foram reunidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para discutir ensaios clínicos de tratamentos potenciais.
Em 30 de setembro, cientistas ruandeses se juntaram a membros do MARVAC (um consórcio de colaboração internacional para o desenvolvimento da vacina contra o vírus) para tratar da questão.
Uma das estratégias que se pretende adotar, de acordo com artigo publicado na Nature, é a vacinação em anel, método em que pessoas já infectadas ou que estiveram em contato com infectados são tratadas com antivirais e terapias de anticorpos.
Esse método também foi utilizado para conter o surto mundial de ebola, entre 2014 e 2016.
Uma vacina já desenvolvida pela Universidade de Oxford também está em fase inicial de testes; no entanto, o risco atual de que o vírus se espalhe para outros países, de acordo com pesquisadores, requer atenção.
Uma cientista da Universidade de Boston ouvida pela Nature destacou que, embora haja estudos em andamento, os tratamentos e vacinas só devem ser obtidos daqui a algum tempo, quando outros surtos já tiverem ocorrido.