GENOCÍDIO

OMS anuncia resgate de mil crianças e mulheres de Gaza

Órgão das Nações Unidas realizará ação com ajuda da União Europeia e resgatados serão enviados para países de acolhimento

Guerra em Gaza já dura mais de um ano e 40 mil palestinos foram mortos por Israel.Créditos: Palestinian News & Information Agency (Wafa)/APAimages/Creative Commons
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta segunda-feira (21), que vai realizar uma operação de resgate de mil crianças e mulheres doentes e feridas da Faixa da Gaza. A informação foi divulgada em entrevista do diretor do órgão para a Europa, Hans Kluge, à France Presse.

De acordo com o órgão, Israel se comprometeu com quase "mil retiradas médicas adicionais nos próximos meses", que serão realizadas pela OMS com ajuda da União Europeia. Os resgatados serão enviados a países europeus de acolhimento. 

Na entrevista, Kluge destacou que o acordo só aconteceu porque a OMS insistiu em manter diálogo com Israel. "Isto nunca teria acontecido se não tivéssemos mantido o diálogo", disse. Ele ainda acrescentou que o mesmo acontece na Ucrânia. 

"Mantenho o diálogo com todos os parceiros. Hoje, 15 mil pessoas, soropositivas ou que sofrem de Aids no Donbass, os territórios ocupados, recebem medicamentos contra o HIV e a Aids", explicou o médico belga.

Ele ainda finalizou afirmando que é preciso "tentar não politizar a saúde. O medicamento mais importante é a paz", acrescentou. 

Desde outubro de 2023, quando teve início o conflito em Gaza, 600 pessoas foram resgatadas da região pela OMS.

Guerra em Gaza

Neste mês, a guerra na Faixa de Gaza completou um ano no dia 7 de outubro. Os ataques de Israel à região começou como uma resposta a um ataque do grupo Hamas, mas escalou para uma operação que promove o genocídio a palestinos em Gaza, como já foi reforçado por diversas autoridades, inclusive pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Desde então, 40 mil pessoas já foram mortas por Israel, entre crianças e mulheres, e não há previsão para que o conflito acabe. Os palestinos também não têm acesso à ajuda humanitária, impedida por Israel, e sofrem com escassez de água e comida, além de proliferação de diversas doenças. 

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