Tropas de Israel incendiaram na tarde deste domingo (20) uma grande área onde estavam tendas que acolhiam famílias palestinas deslocadas, assim como uma escola que servia de abrigo aos civis, ao lado do Hospital Indonésio, em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza. Um grande contingente humano, formado principalmente por mulheres, crianças e idosos, foi retirado à força pelos militares do Estado judeu, que depois colocaram fogo nas barracas e no edifício educacional, queimando as poucas coisas que as vítimas do massacre no território tinham.
O ato cruel foi realizado horas depois que o Ministério da Saúde de Gaza informou que os três únicos hospitais que continuavam a funcionar de maneira precária para atendimentos mais complexos sofreram terríveis bombardeios por parte da aviação de caça israelense. As unidades atacadas foram o Hospital al-Awda, em Jabalia, o Hospital Kamal Adwan e o Hospital Indonésio, ambos em Beit Lahiya.
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O diretor-geral do Hospital Indonésio, Marwan Sultan, gravou um vídeo nesta tarde falando sobre os bombardeios e clamou à comunidade internacional para que faça algo e parem Israel, já que as unidades de saúde estão sendo sistematicamente destruídas, algo flagrantemente proibido pelas leis internacionais.
“O hospital indonésio não tem poder para operar os equipamentos necessários para tratar os feridos pelos bombardeios israelenses. Organizações humanitárias devem agir, pois os hospitais são protegidos pela lei internacional”, diz Sultan no comunicado.
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Os próprios soldados israelenses tiraram fotografias posando ao lado das instalações em chamas e postaram em seus perfis nas redes sociais, o que gerou muitas críticas. Imagens registradas por um morador da região, na quadra de trás do local onde estavam as tendas, foram divulgadas nas últimas horas pela Quds News Network e pela emissora de televisão catari Al-Jazeera, que mantém correspondentes na Faixa de Gaza.
Veja a cena do local em chamas na tarde deste domingo (20):