Após uma incrível reviravolta, Walter Johnson, conhecido como “Rei do Crime”, foi libertado da cadeia depois de ficar 27 anos encarcerado nos Estados Unidos. Ele cumpria pena por ter sido condenado a cinco sentenças de prisão perpétua.
O mais curioso é que o juiz que determinou agora a libertação de Johnson é o mesmo que, em 1997, impôs ao réu a sentença que ele cumpria desde então.
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À época, Frederic Block decidiu pela condenação por crimes violentos que incluíam roubo, posse de cocaína e manipulação de testemunhas.
“Ele era o exemplo clássico de uma pessoa que precisava ser incapacitada para a proteção da sociedade”, afirmou Block, durante o julgamento inicial.
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Pois agora, de forma surpreendente, o juiz mudou de opinião e considerou que a punição foi excessiva, resultado de leis mal formuladas, além de sua própria inexperiência na ocasião.
Em sua decisão, Block, atualmente com 90 anos e jurista respeitado, afirmou que tanto juízes quanto prisioneiros evoluem com o tempo. Ele argumentou que, depois de décadas de experiência na Justiça, entendeu a necessidade de revisar sentenças que não refletem mais os padrões atuais de punição.
“Meu trabalho como juiz é cuidar das pessoas”, destacou Block, reconhecendo a transformação que aconteceu na sua capacidade de análise e reflexão ao longo dos anos.
A história de Johnson teve início na adolescência, em ambiente marcado por violência. Com mais de uma dúzia de prisões no histórico, sua condenação por crimes violentos resultou em um julgamento rígido, que o juiz agora considerou desproporcional.
Em uma carta ao magistrado, Johnson demonstrou sua gratidão pela segunda chance e refletiu a respeito do seu passado, garantindo que a prisão o tornou uma pessoa melhor.
Caso virou polêmica
O caso provocou grande polêmica no ambiente jurídico estadunidense. Um grupo de procuradores se opôs à libertação de Johnson, argumentando que sua natureza violenta representa perigo contínuo para a sociedade.
Porém, uma antiga vítima de Johnson escreveu uma carta de apoio, declarando que ele “serviu uma sentença substancial” e merece uma nova chance.
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