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O avião de Lula e o caso 'Air Force One' no 11 de setembro; entenda a relação

Um problema na aeronave do presidente brasileiro faz lembrar os defeitos no avião do presidente dos EUA no fatídico ataque terrorista de 2001

Créditos: Fotomontagem (Instagram e Wikipedia) - Lula e Janja desembarcam de avião presidencial depois de uma falha técnica; George W. Bush desembarca do 'Air Force One' durante o 11 de setembro
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Nos primeiros minutos após decolar do aeroporto da Cidade do México, a aeronave presidencial que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja, ministros e senadores, apresentou sinais de falhas técnicas, o que gerou tensão entre os passageiros.

No fatídico 11 de setembro de 2001, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush também enfrentou problemas com a aeronave presidencial, o 'Air Force One'.

Guardadas as devidas proporções entre um voo para um evento diplomático, no caso de Lula, e um voo durante uma das mais graves crises de segurança do país, no caso de Bush, ambos acendem o sinal de alerta sobre a importância de manter vigilância sobre protocolos adotados durante voos de chefes de Estado.

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Falhas no avião do presidente do Brasil

De acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, trepidações eram sentidas no piso da aeronave que transportava Lula e os ocupantes na parte traseira observaram fumaça saindo de uma das turbinas, um indicativo claro de que algo não estava correto com o avião.

Com a preocupação crescente, os pilotos sugeriram um desvio para o Panamá, com o objetivo de gastar combustível, uma vez que o avião não tinha a capacidade de alijar combustível — descarregar parte dele em pleno voo, o que é comum em emergências para reduzir o peso da aeronave.

No entanto, Janja aconselhou que permanecessem na pista do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, onde o avião deu cerca de 50 voltas enquanto aguardavam instruções.

Durante esse período, repórteres em solo notaram que o avião estava realizando círculos, mas as informações eram incertas. Lula, visivelmente irritado com a situação, tentou usar o telefone presidencial, mas o aparelho não funcionava, agravando ainda mais sua frustração. Ele comparou o equipamento ao "Sucatinha", um avião presidencial anterior, cuja comunicação funcionava mesmo em situações críticas.

A situação se tornou ainda mais tensa quando os pilotos informaram que, após voarem por duas horas, ainda seria necessário gastar mais 7 mil litros de combustível, prolongando o tempo no ar.

Lula, insatisfeito com a falta de estrutura da aeronave, expressou a necessidade de comprar novos aviões, destacando o tempo que passaram “ilhados” no ar devido à internet intermitente e à falta de um sistema de comunicação confiável.

A irritação do presidente era visível, especialmente ao constatar a ausência de um checklist adequado que verificasse o funcionamento de todos os sistemas antes do voo.

Entre os problemas citados estavam a TV que não ligava, a internet instável e a ausência de comunicação via satélite. “Qualquer avião mequetrefe fala ao telefone”, teria dito Lula em um desabafo, reclamando da falta de estrutura adequada.

Após quase 17 horas de viagem, bem mais que as 10 horas previstas, o avião finalmente pousou em Brasília. A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o avião enfrentou um "problema técnico", mas não forneceu detalhes adicionais sobre o incidente.

O episódio reforçou as preocupações de Lula com a qualidade e segurança da aeronave oficial, levando o presidente a tomar decisões que podem impactar a frota presidencial no futuro.

Problemas no Air Force One no 11 de setembro de 2001

AppleTV - Avião presidencial com George W. Bush é escoltado por caça no 11 de setembro de 2001

Um caso que guarda semelhanças com o que aconteceu com o presidente Lula ocorreu durante os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Naquela data fatídica, o avião presidencial dos EUA, o 'Air Force One', enfrentou uma série de desafios e problemas de comunicação, que expuseram vulnerabilidades nos protocolos de segurança e operacionais.

Embora tanto Lula quanto Bush tenham enfrentado problemas aéreos, as circunstâncias e o impacto das situações foram bastante distintos. Lula lidou com falhas técnicas e operacionais durante um voo diplomático, enquanto Bush enfrentou problemas de comunicação durante uma das maiores crises de segurança dos EUA. Ambos os casos, no entanto, destacaram a importância de ter sistemas de comunicação eficientes e aeronaves bem mantidas em tempos de crise.

Um dos maiores problemas enfrentados na aeronave presidencial no 11 de setembro de 2001 foi a falta de comunicação eficiente entre o presidente George W. Bush, a Casa Branca, o Departamento de Defesa e outras agências de segurança. Havia dificuldades para estabelecer e manter contato seguro, o que dificultou a coordenação de decisões em tempo real. Esses lapsos resultaram em atrasos na transmissão de informações críticas.

Também havia preocupações sobre a possibilidade de o 'Air Force One' ser alvo de ataques. Isso levou à mudança constante de rotas de voo e à decisão de não divulgar a localização do avião por motivos de segurança. Inicialmente, houve até rumores de que o avião presidencial poderia estar sendo rastreado ou ameaçado.

O plano inicial era que o presidente retornasse diretamente a Washington, D.C., mas, devido à incerteza sobre a extensão dos ataques e possíveis ameaças adicionais, a rota foi alterada várias vezes. O 'Air Force One' fez escalas em bases aéreas seguras, como a Base Aérea de Barksdale, na Louisiana, e a Base Aérea de Offutt, em Nebraska.

A experiência do 11 de setembro resultou em várias melhorias e ajustes nos protocolos e na tecnologia do Air Force One. Houve grandes atualizações nos sistemas de comunicação a bordo da aeronave para garantir que o presidente pudesse se comunicar de forma eficiente e segura com todas as agências governamentais, militares e internacionais, mesmo durante situações de crise. Sistemas redundantes foram instalados para evitar qualquer interrupção nas comunicações.

Os procedimentos para o deslocamento do presidente em tempos de crise foram revisados. Agora, há protocolos claros que determinam a mudança de rotas, maior coordenação com escoltas militares, e o reforço da segurança aérea ao redor do Air Force One. A decisão de onde o avião deve pousar em caso de emergência foi integrada a uma análise mais robusta de ameaças em tempo real.

Documentário sobre bastidores do 11 de setembro

As tensões a bordo do 'Air Force One' durante os ataques terroristas de 2001 são relatados no documentário '11 de Setembro: No Gabinete de Crise do Presidente', disponível no serviço de streaming AppleTV. 

Assista ao trailer

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