Nesta terça-feira (1º), o Irã confirmou ter lançado 180 mísseis contra Israel em resposta aos assassinatos de altos funcionários do Hezbollah, do Hamas e do próprio governo iraniano.
Durante a noite, alarmes soaram em Israel e explosões puderam ser ouvidas em Jerusalém e Tel Aviv. Autoridades israelenses prometeram uma dura resposta.
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O primeiro-ministro do país Benjamin Netanyahu disse que o Irã havia cometido um grande erro e um "preço alto" seria cobrado por conta do episódio. O porta-voz militar israelense Daniel Hagari chamou o ataque de “escalada severa e perigosa” que seria respondida “no local e hora” escolhidos por Israel.
A retórica bélica ficou evidente também na manifestação do ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, que chamou a ofensiva iraniana de "a maior oportunidade em 50 anos" para mudar a dinâmica do Oriente Médio, possibilitando ao país agir para "destruir o programa nuclear do Irã e suas instalações centrais de energia".
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Do seu lado, o Irã alertou que Israel enfrentaria ataques “esmagadores” se houvesse uma retaliação.
As Forças de Defesa israelenses, após a ofensiva iraniana, realizaram novos bombardeios em Beirute, na noite desta terça-feira. Mas estes não foram os únicos acontecimentos do dia em um conflito que pode se ampliar ainda mais.
Israel segue atacando Gaza
A agência de notícias Wafa noticiou que caças israelenses teriam bombardeado o Instituto al-Amal para Órfãos, que servia de abrigo para pessoas deslocadas no oeste da Cidade de Gaza.
A Escola Muscat no bairro de Tuffah teria sido um dos outros alvos. O local também era usado para abrigar civis que tiveram que sair de suas casas por conta da ofensiva militar de Israel.
Os números do Ministério da Saúde de Gaza apontam que, até 26 de setembro, foram mais de 41.615 mortos e pelo menos 96.359 feridos na Faixa de Gaza pelos ataques israelenses. São 32.280 pessoas que ainda não foram identificadas, incluindo 10.627 crianças e 5.956 mulheres, representando 60% das vítimas. Estima-se que mais 10 mil estejam sob os escombros.
A violência segue também na Cisjordânia, onde mais de 719 palestinos foram mortos, com pelo menos 146 crianças.
Desde o início da atual ofensiva de Israel no Líbano, as forças militares do país mataram 1.640 libaneses e feriram pelo menos 8 mil, de acordo com autoridades libanesas.