Os "satélites espiões" ou “de reconhecimento” são equipamentos de observação da Terra com variadas funções, de bases de comunicações avançadas à captura de informações sobre a atmosfera e a superfície terrestres.
No entanto, uma utilização muito mais estratégica para os Estados com esse tipo de tecnologia na órbita baixa da Terra é a espionagem militar.
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Os satélites conseguem registrar imagens de alta precisão, com fotografia digital e conexões via rádio, e vigiar continuamente áreas selecionadas do planeta — essa observação, quando usada para fins militares, geralmente serve para determinar as condições bélicas de um inimigo em potencial, além de pontos-chave de ataque.
Em setembro de 1988, o Ministério da Defesa de Israel (IMOD), em conjunto à Israel Aerospace Industries (IAI), lançou seu primeiro satélite espião: o Ofek 1.
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Hoje, estima-se que Israel (e a IAI) tenha lançado pelo menos 24 satélites do tipo, de acordo com o Ministério da Defesa israelense, com cinco atualmente em funcionamento na órbita baixa da Terra.
Cada um dos Ofek israelenses em atividade faz uma "ronda" pela Terra a cada 90 minutos, e as imagens permitem que se observe qualquer ponto do Oriente Médio, região em disputa pelo Estado de Israel.
Os satélites, que são controlados pelas Forças de Defesa do país (as IDF), podem localizar alvos com alta precisão (por contarem com sistemas de câmera de resolução avançada e inteligência eletrônica), o que permite o monitoramento de atividades civis e militares nas regiões atualmente em disputa — além de possibilitarem a tomada de decisões (como que alvo atacar, ou quais são os sinais de qualquer movimentação inimiga) em tempo real.
De acordo com Boaz Levi, vice-presidente do Grupo de Sistemas, Mísseis e Espaço de Israel, a localização geográfica do país o forçou a "desenvolver satélites pequenos e leves que fornecem ótimas imagens" para "ajudar o Estado” – de propósitos científicos a espionagem de guerra.
Nos últimos dias, Israel tem bombardeado locais estratégicos no Líbano, inclusive a capital do país, Beirute. Os bombardeios deixaram pelo menos 100 mortos no último domingo (29), de acordo com o Ministério da Saúde libanês.