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Javier Milei diz que comparação com Bolsonaro é para "assustar as pessoas"

Candidato de extrema-direita argentina quer se afastar do ex-presidente do Brasil

Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Javier Milei,  candidato de extrema-direita à presidência argentina - que defende a venda de órgãos e de crianças no país -, recusa comparações com Jair Bolsonaro.

Mesmo sendo chamado de "Bolsonaro Argentino", Milei recusou a comparação com o derrotado nas eleições gerais de 2022 investigado por peculato e golpe de estado no Brasil.

Questionado pelo periódico argentino La Nación, o libertário radical que está em primeiro nas pesquisas eleitorais, afirma que a comparação com o brasileiro é "maliciosa".

“Às vezes, algumas dessas comparações são maliciosas. Faz parte de como a política é suja e de como os conselheiros são sujos", disse Milei ao LN.

“Somos os únicos que podem mudar as coisas”, disse, acrescentando: “Os políticos que têm de fazer a reforma são parte do problema. Nenhum deles está disposto a fazer essas mudanças porque terão de abrir mão de seus privilégios”. Te lembra alguém?

Como estão as pesquisas de opinião?

As últimas pesquisas de opinião mostram uma variação entre 32% e 38% de intenções de voto para Milei. O Juntos por El Cambio, liderado por Patrícia Bullrich, candidata do Macrismo, está entre 20 e 25%. A Unión por la Pátria, do Kirchnerismo e atual governante do país, entre 25% e 32% das intenções.

A vantagem de Milei chega a 10% em algumas pesquisas. Para se eleger em primeiro turno, Milei precisaria ganhar mais de 45% dos votos e uma vantagem de mais de 10% do segundo colocado.

O grande problema é que cerca de 30% do eleitorado argentino ainda está em disputa e não sabe se vota no governo ou na oposição. Existe também a probabilidade de um segundo turno entre dois candidatos de direita (Bullrich e Milei).

O candidato com a menor rejeição é Sergio Massa, do Unión por La Patria. Bullrich, do Juntos por el Cambio, é a candidata mais rejeitada pela população.