O presidente Lula e o chefe de estado dos EUA, Joe Biden, assinaram um pacto em favor da promoção do direito dos trabalhadores em seus países. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (20) no contexto da Assembleia Geral da ONU 2023.
A Coalizão Global do Trabalho, assinada por Biden e Lula, reforça o compromisso de ambos os países em fortalecer a economia, os sindicatos e combater a precarização do trabalho.
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Após a reunião, Lula agradeceu o presidente americano pelo compromisso firmado. “Eu tenho a felicidade de compartilhar com o presidente Biden essa parceria pelo direito dos trabalhadores”, disse.
Ele ressaltou a conexão histórica entre o sindicalismo estadunidense e o brasileiro. “Em todos momentos difíceis que o movimento sindical brasileiro viveu, o sindicalismo americano estava prestando solidariedade”
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Crítica ao neoliberalismo
Lula também aproveitou para criticar o neoliberalismo econômico, ideologia política e econômica que fundou as bases para a redução dos direitos trabalhistas.
“Nós sabemos o que aconteceu com a política neoliberal no mundo. O saldo é que temos mais de 2 bilhões de trabalhadores que estão no setor informal. Temos 240 milhões de trabalhadores que vivem com menos de US$ 1,9 por dia”, disse o brasileiro.
Vale ressaltar que Biden, através de suas políticas fiscais expansionistas, conseguiu alcançar desemprego de 3,5% no país, uma das taxas mais baixas da história e a melhor nas últimas cinco décadas.
Além disso, Lula ressaltou a importância do fim da discriminação no mercado. “É inaceitável que mulheres, minorias étnicas e pessoas LGBTQIA+ sejam discriminadas no mercado de trabalho”, completou o presidente, que também deseja um pacto anti-precarização e pró-sindicatos.
“Queremos criar um novo marco de funcionamento na relação capital e trabalho. Uma relação do século 21, civilizada. Mas atendendo a fala do presidente Biden: ‘todas as pessoas que acreditam que sindicato fraco vai fazer com que o empresário ganhe mais que o país fique melhor estão enganadas", completou.
Por fim, o presidente disse que o novo pacto verde dos EUA e a transição energética brasileira serão importantes para a recriação de postos de trabalho formais.
“Vamos fazer da transição energética uma oportunidade extraordinária para reindustrializar e empregos de qualidade”, completou o presidente.