CONFLITO

Taiwan faz nova denúncia contra a China e tensão entre os países se agrava

Entrada de 24 caças chineses em espaço aéreo taiwanês acentua tensões e ressalta necessidade de estabilidade regional

Caças Chineses invadem espaço aéreo Taiwanês.Créditos: Pixabay/12019
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Autoridades de Taiwan emitiram um alerta, nesta terça-feira (29), após uma nova incursão aérea da Força Aérea Chinesa em seu espaço aéreo. De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, 24 caças chineses cruzaram a linha média que separa a ilha da China continental através do Estreito de Taiwan. Pelo menos 12 dessas aeronaves entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan. A incursão ocorreu no início do dia e envolveu caças que realizaram manobras coordenadas com navios das Forças Armadas chinesas.

O Ministério da Defesa de Taiwan expressou sua preocupação com o incidente, enfatizando a importância de manter a paz e a estabilidade na região do Estreito de Taiwan. As autoridades destacaram que a responsabilidade por essa estabilidade é compartilhada por todos os países da região, incluindo a China. Em um comunicado divulgado em sua conta de rede social, o Ministério também ressaltou que o assédio militar contínuo por parte da China pode aumentar a tensão e agravar a segurança regional.

Tensão histórica 

As tensões entre Taiwan e China têm raízes históricas e políticas complexas. Enquanto Taiwan é um governo independente desde 1949, a China considera a ilha parte de seu território soberano e busca uma reunificação pacífica sob o princípio de "um país, dois sistemas". Essa tensão é exacerbada pelas reivindicações marítimas amplas da China na região do Indo-Pacífico.

O incidente aéreo ocorre em meio a outras tensões na região. Recentemente, dois navios filipinos, apoiados por um avião de vigilância da Marinha dos EUA, desafiaram o bloqueio da guarda costeira chinesa no Mar do Sul da China para entregar suprimentos às forças filipinas que ocupavam um banco de areia disputado. Esse episódio ressalta as disputas territoriais de longa data envolvendo a China, Filipinas, Vietnã, Malásia, Taiwan e Brunei no Mar do Sul da China.

Em um desenvolvimento relacionado, os Estados Unidos assinaram um novo acordo com Palau que permite que os navios da Guarda Costeira dos EUA apliquem regulamentos marítimos na zona econômica exclusiva de Palau. Isso ocorre em um momento em que a China busca expandir sua influência no Pacífico, tendo convencido as Ilhas Salomão a transferir seu reconhecimento diplomático de Taiwan para Pequim em 2019.

 

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