Nesta sexta-feira (25), o grupo holândes de cerveja Heineken anunciou que suas operações na Rússia foram definitivamente vendidas ao Grupo Arnest. O preço cobrado pela venda chama atenção: 1 euro, pouco mais de R$ 5.
Os trâmites para a venda acontecem desde o dia 28 de março de 2022, quando a Heineken anunciou sua saída do país. O prejuízo é estimado em 300 milhões de euros, o equivalente a R$ 1,58 bilhão.
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Qual o motivo da venda
A decisão pela venda das operações na Rússia foi tomada em resposta à Guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. À época, a empresa disse que estava muito chocada e triste ao "observar que a guerra na Ucrânia continua e está se intensificando".
A cerveja já não é vendida no país desde o ano passado e, segundo a agência holandesa de notícias ANP, o mercado russo correspondia a apenas 2% das vendas mundiais da Heineken quando a empresa decidiu deixar o país.
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O Grupo Arnest é o maior fabricante russo de cosméticos, utensílios domésticos e embalagens metálicas para o setor de bens de consumo rápido. A empresa se comprometeu a manter os 1800 empregados da Heineken na Rússia empregados pelos próximos três anos.
Empresas tentam sair da Rússia
A Heineken é mais uma de uma lista de empresas ocidentais que tentam deixar o mercado russo após o início da Guerra. A intenção é limitar o impacto financeiro do conflito em seus lucros.
Participante de uma joint venture, isto é, um empreendimento conjunto, a Renault vendeu sua parte por um rublo ao governo russo. Já o McDonald's entregou suas cerca de 850 lojas russas a um administrador local da franquia, os estabelecimentos foram renomeados e a comercialização dos produtos da marca, proibida.