A enfermeira britânica Lucy Letby, de 33 anos, foi condenada nesta sexta-feira (18), pelo assassinato de sete bebês e tentativa de assassinato de mais seis em uma unidade neonatal de Liverpool, na Inglaterra, onde trabalhava. Os crimes ocorreram no hospital Condessa de Chester, no período entre junho de 2015 e 2016.
Os promotores chamaram os crimes de “persistentes, calculados e a sangue frio” de bebês prematuros, após um dos julgamentos de assassinato mais longos dos últimos tempos. A ré chorou durante alguns dos veredictos, enquanto as famílias das vítimas se consolavam enquanto o júri lia suas conclusões.
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Entre as vítimas de Lucy estavam dois irmãos gêmeos, mortos com 24 horas de diferença um do outro, um recém-nascido pesando menos de 1 kg, que foi fatalmente injetado com ar e uma menina nascida 10 semanas prematura que foi assassinada na quarta tentativa.
Jonathan Storer, o principal promotor da CPS Mersey-Cheshire, afirmou ao The Guardian que “este é um caso absolutamente horrível. Como todos que acompanharam o julgamento, fiquei chocado com os crimes cruéis de Letby. Às famílias das vítimas – espero que seu sofrimento inimaginável seja aliviado de alguma forma pelos veredictos. Nossos pensamentos permanecem com vocês”.
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Diário
Apesar de Lucy ter escrito um diário onde se culpava pelos crimes. “Eu sou mau, eu fiz isso”, em maio deste ano, ela negou todas as acusações durante a sessão no tribunal de Manchester.
Em um dos trechos do diário, a enfermeira indaga a possibilidade de ter matado os recém-nascidos:
“Não sei se os matei. Talvez eu tenha. Talvez tudo isso seja para mim”, escreveu ela em um dos trechos do diário. Diante do júri, no entanto, ela contou outra versão.
“Senti que devo ser responsável de alguma forma. Acho que, olhando para trás agora, estava realmente lutando e essa foi uma maneira de expressar o que não era capaz de dizer a mais ninguém”, disse ela durante o julgamento.
Lucy Letby chegou a ser presa por três vezes: em 2018, 2019 e 2020, desde quando aguardou pelo julgamento.