Além de pegar muito mal a declaração da atriz Daniela Escobar sobre as enfermeiras, o assunto não vai ficar barato. A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) ingressou com uma ação civil pública por danos morais coletivos contra a atriz.
Escobar afirmou durante entrevista ao podcast Papagaio Falante, de Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, no início desta semana, que as enfermeiras se arrumam no trabalho "para catar médico para casar".
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Ela debochou da maneira como as enfermeiras se vestem. "Sabe uma coisa que me chamou muita atenção tanto no hospital do Rio Grande do Sul, onde eu fiz a cirurgia, quanto em Beverly Hills, Los Angeles? Unhas compridas vermelhas, batom vermelho, maquiadíssimas, cílios postiços. Parecia que a mulher estava saindo da festa e indo trabalhar ou indo para festa daqui a pouco", deplorou.
Indenização
Por conta da infeliz declaração, a FNE pede indenização no valor de 50 salários mínimos, o equivalente a R$ 66 mil, uma retratação pública por parte da artista e que o vídeo seja excluído das redes sociais.
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A FNE diz na ação, protocolada na 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que a fala de Escobar é uma "verdadeira humilhação e agressão moral" contra a categoria e atingiu de forma direta a honra e a imagem das enfermeiras.
A federação afirma ainda que Escobar usou "tom ofensivo e misógino [...], agindo de forma constrangedora, contra a dignidade da pessoa humana, incentivando o assédio moral e sexual, quer seja no meio ambiente do trabalho ou perante toda sociedade civil".
Escobar rebateu as várias críticas que recebeu nas redes sociais e disse que sua frase fazia apenas "uma comparação da ficção com a realidade" que via em hospitais. "Não vi ofensa nisso, visto que o podcast do Mallandro é humor escrachado", afirmou.
A entidade ressalta que, "em nenhum momento" a atriz demonstrou arrependimento pela sua fala. O advogado André Caetano, que protocolou a ação, diz que "a categoria está revoltada e que foi necessária a medida judicial ante a ausência de manifestação da atriz".
Com informações da coluna de Mônica Bergamo