CRIANÇA AMPUTADA

Cenas fortes: bebê de um ano e meio tem dedo amputado por enfermeira ao retirar atadura

A pequena Lara estava com as mãos enfaixadas para evitar que tocasse em um ferimento na testa decorrente de picada de inseto

O PS de São Gonçalo.Créditos: Divulgação
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A pequena Lara, uma bebê de 1 ano e 7 meses, deu entrada na última sexta-feira (10), no Pronto-Socorro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por conta de uma inflamação na testa em decorrência de uma picada de inseto.

Os médicos prescreveram antibiótico e soro na veia. Além disso, aconselharam enfaixar as mãos para que Lara não tocasse o ferimento ou removesse o acesso.

Na última terça-feira (14), ao remover as ataduras, uma enfermeira inadvertidamente cortou a ponta do dedo mindinho da criança com uma tesoura. A mãe notou o sangramento, mas não percebeu a gravidade.

Levaram às pressas a menina para o centro cirúrgico, de onde saiu com a ponta do dedo amputada. A família soube do incidente neste momento.

Dedo da pequena Lara amputado/Foto: Reprodução TV Globo

Criança amputada

“Perdeu a unha, e agora ela é uma criança amputada”, disse Adriana dos Santos, avó de Lara.

A avó disse ainda que Lara está bastante assustada: “quando alguém que não seja um familiar chega, ela já joga a mãozinha para o lado e começa a gritar: ‘Dedo, dedo, dedo!’. Ela já tem um trauma”, descreveu.

“Agora imagino a dor que essa criança sentiu de ter amputada sem anestesia, sem nada, um dedo com a tesoura.”

De acordo com a avó, a direção do hospital disse que foi “uma fatalidade”. “‘A gente aqui só pode cuidar agora dos pontos’”, disse. “‘A senhora que procure o seu direito’”, emendou.

“A gente quer justiça, mas, quando a gente passa por uma situação dessa, a gente nem sabe o que está falando, porque o dedo não vai voltar para o lugar”, comentou a avó.

Cópia do boletim médico

A família chamou a Polícia Militar (PM), que orientou que o caso fosse registrado no 72ª DP (São Gonçalo), mas que, para tal, será necessário obter uma cópia do boletim médico para anexar ao inquérito. Os parentes aguardam a alta da menina para receber o documento.

A direção do hospital não se manifestou até a última atualização da reportagem do g1.

Com informações do g1