Desde 1945, os EUA fazem um intenso esforço para retirarem os louros da União Soviética e tomarem para si as glórias da vitória da Segunda Guerra Mundial. Ainda que o exército de Stálin tenha sido, de fato, o mais importante no combate contra os nazistas - na chamada Grande Guerra Patriótica -, muitos acreditam que o exército americano foi o fiel da balança na luta contra Hitler.
Apesar disso, membros do exército dos EUA não têm problema em serem declaradamente nazistas. Uma reportagem do The Guardian que investigou um grupo neonazista que atua na Califórnia identificou que boa parte de seus membros são oficiais da ativa das Forças Armadas estadunidenses.
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O Clockwork Crew, anteriormente conhecido como Crew 562, foi fundado em 2021 e afirma ser o primeiro clube da luta nazista da Califórnia.
Eles treinam artes marciais e conspiram por ataques contra comnidades de minorias étnicas, imigrantes e grupos antifascistas nos EUA.
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Um dos fundadores do Clockwork Crew é Mohammed Wadaa, do 3º batalhão 5º regimento da 1ª divisão do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
Em seu Instagram, Wadaa mantem fotos de sua casa na base de Camp Pendleton com posteres do líder nazista Adolf Hitler. Se orgulha de que seus antepassados lutou pela SS contra os partisanos antifascistas na Iugoslávia.
Além dele, o ex-sargento dos Fuzileiros Navais Gunnar Naughton - que foi demitido do exército por roubar munição dos EUA - se uniu e é uma das lideranças da Clockwork Crew em 2022. Ezra Liel, de 22 anos, se alistou à Guarda Nacional dos EUA e exibe uma série de tatuagens nazistas em seu corpo.
Nas redes sociais, exibem sóis negros e valknuts, símbolos neonazistas, além de simbolizar apoio aos neonazistas ucranianos do batalhão de Azov.
Segundo o Boston Globe, ao menos 82 soldados que serviram o exército dos EUA foram presos nos últimos cinco anos por fazerem parte de grupos com ideologias de extrema direito.