Apoiado por Jair Bolsonaro (PL), o candidato da ultradireita fascista argentina, Javier Milei, venceu as Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso) realizadas neste domingo (13) na ArgentIna.
Com 97,39% dos votos apurados, Milei somava 30,04%, seguido pela ex-ministra de Segurança Patrícia Bullrich (Juntos por El Cambio, de Centro-Direita), com 28,27%, e pelo governista Sergio Massa (Union por La Patria), que registrava 27,27% da preferência dos argentinos.
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As Paso, como são chamadas as primárias na Argentina, decidem quais candidatos disputarão o primeiro turno da eleição presidencial e os nomes que disputarão 130 vagas na Cãmara (de um total de 257) e 24 no Senado (de um total de 72), além dos candidatos aos governos regionais das províncias de Buenos Aires e Entre Rios. As eleições acontecem no dia 22 de outubro.
Em vídeo de apoio a Milei divulgado na semana passada, Jair Bolsonaro disse que ele e o ultradireitista argentino têm "muitas coisas em comum".
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"Nós defendemos a família, a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade de expressão, o legítimo direito à defesa", disse Bolsonaro, repetindo chavões da ultradireita fascista e prometendo uma visita em breve.
Nas primeiras horas desta segunda-feira (14), pelas redes sociais, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), comemorou a vitória de Milei com uma foto ao lado do argentino fazendo arminha.
"Um ano atrás era um sonho, daí virou meta e hoje é realidade. Um excelente começo para o que pode ser a mudança real que a Argentina precisa. Com vizinhos livres do socialismo o Brasil tem um ambiente mais favorável retomar o caminho da liberdade. Aguante, JMilei", tuitou o "02" de Bolsonaro, um dos articuladores da aliança fascista na América Latina.
"Viva a liberdade, caralho"
Milei iniciou o discurso para comemorar a vitória nas prévias com gritos de "viva a liberdade, caralho". Em seguida ele afirmou que "não só acabará com o kichnerismo [do atual presidente, Alberto Fernandez], mas também vai acabar com a casta política parasitária e inútil deste país".
O ultradireitista ainda classificou como "aberração" a busca pela justiça social no país.
"Estamos diante do fim do modelo de castas. Este modelo baseado nesta atrocidade que diz que onde há necessidade há um direito, mas esquece que alguém tem que pagar por esse direito. Cuja máxima expressão é essa aberração chamada justiça social, que é injusta pois implica o tratamento desigual perante a lei", disparou.