Na busca por uma paz duradoura na Colômbia, o governo de Gustavo Petro fechou um acordo para iniciar negociações de paz com uma facção dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). As Farc são um grupo guerrilheiro que surgiu em 1964 e se envolveu em um conflito armado com o governo colombiano, resultando em décadas de violência e mortes.
Durante o período de atividade das Farc, o grupo foi acusado de cometer uma série de violações dos direitos humanos, incluindo sequestros, assassinatos, recrutamento forçado e tráfico de drogas para financiar suas operações. O conflito entre as Farc e o governo colombiano deixou um trágico saldo de pelo menos 450.000 mortos ao longo de seis décadas.
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Em 2016, um acordo de paz foi alcançado entre o governo colombiano e as Farc, desmobilizando cerca de 13.000 membros do grupo. Esse acordo levou à criação de um partido político, que conquistou 10 cadeiras no Congresso. No entanto, nem todas as facções das Farc aceitaram o acordo de paz e algumas se tornaram dissidentes, como é o caso da facção conhecida como Estado Maior Central (EMC).
O acordo entre o governo e a facção dissidente das Farc foi anunciado em um comunicado conjunto divulgado pelo Alto Comissariado para a Paz do governo colombiano. Ambas as partes expressaram sua firme intenção de avançar em direção à construção de um acordo de paz abrangente, buscando alcançar uma "paz integral, estável e duradoura com justiça social e ambiental".
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A iniciativa do governo, liderado pelo presidente Gustavo Petro, também envolve negociações com outro grupo rebelde, o Exército de Libertação Nacional (ELN), que não participou do acordo de paz de 2016. Em junho, as partes anunciaram que um cessar-fogo de seis meses começará em agosto.
A busca pela paz na Colômbia representa um marco importante na história do país.