FRANÇA

França vive a revolução do Snapchat: 30% dos detidos são menores de idade

700 jovens foram presos nesta noite; média de idade é de 17 anos e Makron já pensa em decretar estado de sítio no país

Menino de 8 anos nas manifestações na França.Créditos: Reprodução de Vídeo
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A França vive os últimos dias como se estivesse em um estado de emergência, mas sem ter decretado. O país está com toque de recolher obrigatório em algumas localidades, viaturas blindadas e equipas de polícia de elite nas ruas e todos os possíveis agentes da polícia envolvidos na tentativa de travar a escalada de violência, que começou nos bairros de França, os chamados banlieue, mas que em poucos dias se espalhou rapidamente por todo o país.

De acordo com o Ministério do Interior, 719 pessoas detidas na quinta noite de violência após a morte de Nahel, um jovem de 17 anos, assassinado por um tiro de um policial na última terça-feira.

A maioria dos detidos nos últimos dias são jovens, com média de idade de 17 anos. São as barricadas adolescentes que incendiaram a França. "Quando você tem 12 ou 13 anos, fica claro que há um trabalho por trás da educação que os pais devem fazer", disse o Ministro do interior da França, Gérald Darmanin.

Snapchat

O presidente Emmanuel Macron também fez um apelo na quinta-feira "à responsabilidade de pais e mães" de controlar os jovens. O ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, confirmou que 30% dos detidos são menores de idade e muitos se encontram nas redes sociais para cometer seus atos.

“Quero que os jovens saibam que os promotores deste país vão buscar a identidade dos usuários das redes, principalmente do Snapchat, que é um vetor de comunicação para esses jovens determinarem o local, o momento e o objetivo da a agressão. Que ninguém pense que por trás dessas redes sociais existe impunidade", disse o ministro francês.

Durante os protestos, 45 policiais e gendarmes ficaram feridos, 577 veículos e 74 edifícios foram incendiados, enquanto 871 outros incêndios foram registrados em vias públicas, acrescentou o ministério.

Com informações do El Mundo