O parlamento de Kosovo se transformou em um verdadeiro campo de batalha, nesta quinta-feira (13), o que provocou, inclusive, duras críticas da presidente Vjosa Osmani.
Durante uma transmissão ao vivo, na qual discursava o primeiro-ministro Albin Kurti, houve uma interrupção por parlamentares da oposição.
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Um deles jogou água no premiê e, em seguida, em questão de segundos, instalou-se uma pancadaria generalizada entre políticos do partido governante, Vetevendosje, e da oposição.
Kurti falava a respeito de aliviar tensões no norte de Kosovo, que registrou confrontos violentos em maio, quando sérvios protestaram contra a posse de prefeitos de etnia albanesa.
Durante a confusão, foram ouvidos vidros quebrando e o presidente da Assembleia de Kosovo, Gljauk Konjufca, teve de chamar a polícia.
“Usar a violência física como uma ferramenta para lidar com o descontentamento político, diferenças ou divergências é o maior dano que pode ser causado a instituições que foram construídas com tanto sacrifício”, escreveu a presidente Vjosa Osmani, em seu Facebook.
“A violência não tem lugar no templo da democracia e não pode se tornar uma ferramenta política. Devemos reafirmar nosso compromisso com a democracia, o pensamento diferente, bem como o respeito mútuo, baseado na regra e no cumprimento da lei”, acrescentou.
Conflitos marcam a trajetória e Kosovo
O território de Kosovo declarou independência da Sérvia em 2008, quase dez anos depois de uma guerra na qual os albaneses kosovares tentaram romper com o que era então a República Federal da Iugoslávia, composta pela atual Sérvia e Montenegro.
A Sérvia considera Kosovo como um estado separatista e não reconhece sua independência.
A maioria da população de Kosovo é etnicamente albanesa. Porém, no norte rebelde, os sérvios são em maior número em algumas áreas e têm exigido mais autonomia, de acordo com informações da N1, afiliada da CNN.