Os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), grupo de segurança internacional e cooperação militar liderado pelos Estados Unidos, estudam a possibilidade de fragilizar as regras de entrada na entidade para abarcar a Ucrânia.
No modelo atual, os países tem que atender a uma série de especificidades para entrar no pacto, que garante uma aliança global pró-Estados Unidos. Em troca, seus membros teriam seu território defendido pelo Exército dos EUA em caso de ataque.
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Agora, os países discutem a possibilidade de fazer com que a Ucrânia ingresse na organização para poder enviar mais armamentos, tropas e até possibilitar um ataque direto à Rússia.
"Nenhuma decisão final foi tomada, mas na cúpula estou absolutamente certo de que teremos unidade e uma mensagem forte sobre a Ucrânia", afirmou Jason Stoltenberg, secretário do grupo, que está se reunindo nessa semana.
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O ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que está feliz com a possibilidade entrar no pacto. "Também é o melhor momento para oferecer clareza sobre o convite à Ucrânia para se tornar membro", disse.
Os países membros da OTAN são, em sua maioria, favoráveis à Ucrânia, mas algumas pedras no sapato da própria organização podem dificultar o processo.
A Turquia, por exemplo, já tinha dificuldades em aceitar a indexação de Suécia e Finlândia ao bloco. A entrada da Ucrânia no bloco dificulta a estratégia de Istambul como um ente neutro nas negociações, por exemplo, do acordo de grãos.
A Hungria, que também faz parte do grupo, possui um discurso mais neutro em relação ao conflito com Moscou e é mais próxima de Putin do que de Zelensky.
Outros países membros da OTAN também podem não estar dispostos a abrir mão de seus equipamentos militares e de suas tropas para apoiar a empreitada de Kiev.