Você provavelmente nunca ouviu falar de Tuvalu. Mas é um país soberano e independente que está prestes a desaparecer. A nação, localizada no pacífico sul e com uma população estimada em 12 mil pessoas, quer continuar existindo, mas no metaverso.
Tuvalu é um arquipélago composto por oito atóis coralinos e, com o aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global, está submergindo.
Te podría interesar
Nos últimos anos, o país tem observado pontos importantes de sua infraestrutura simplesmente serem destruídas pelo avanço das águas, ameaçando sua população.
O país tem sido uma das lideranças entre a comunidade dos territórios insulares do pacífico para tentar alertar para a ameaça que o aumento dos níveis do mar significa para sua existência.
Te podría interesar
Então, para tentar garantir um futuro mesmo que digital para seus cidadãos, o país começou a recriar sua própria nação dentro do metaverso.
“Tuvalu está levando a sério as realidades da mudança climática e procurando maneiras de preservar suas terras e cultura. Com este projeto, tentamos ajudá-los a usar o melhor que a tecnologia tem a oferecer, a vislumbrar e a se preparar para um futuro que esperamos que não se torne realidade", afirma o ministro de Relações Exteriores do país, Simon Kofe, em entrevista a um portal australiano.
O novo projeto foi anunciado durante as rueniões preliminares da COP 27, em março, e está sendo posto em prática já a partir de agora com o apoio da empresa Accenture.
“Conforme nossa terra desaparece, não temos escolha a não ser nos tornar a primeira nação digital do mundo. Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo. E para mantê-los a salvo de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, os moverá para a nuvem”, disse ele.
Muitos países do pacífico já têm consciência de que irão desaparecer e planejam seguir existindo como comunidades nacionais em outros territórios, mas mantendo reconhecimento da ONU e da comunidade internacional. O metaverso, para Tuvalu, pode ser um espaço de memória de um território destruído pela mudança climática e pela mão humana.