Com quase 100% das urnas apuradas, Recep Tayyip Erdogan, que está no poder desde 2002, venceu o pleito, que realizou o segundo turno neste domingo (28), com 52,7% dos votos. O seu adversário, Kemal Kilicdaroglu, teve 47,93%.
Apesar da vitória, analistas internacionais atentam para o fato de que essa foi a eleição mais difícil enfrentada por Erdogan, que hoje controla a Turquia com mãos de ferro e, após a tentativa de golpe que sofreu em 2016, perseguiu jornalistas, opositores e impôs uma autocracia no país.
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Com o objetivo de tirar Erdogan do poder, Kilicdaroglu conseguiu montar uma frente com seis partidos, ainda assim, foi insuficiente para obter mais votos que Erdogan.
Em seu primeiro discurso, para uma multidão que o aguardava nas ruas, Erdogan declarou que vai governar para todos, mas acusou os seus opositores de estarem contra a família ao apoiarem as LGBT. "Para nós, a família é a coisa mais sagrada do mundo", declarou o presidente reeleito.
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"Concluímos o segundo turno da eleição presidencial com o favor de nossa nação. Gostaria de expressar minha gratidão ao meu povo que nos fez viver este feria da democracia. Merecemos a sua confiança", disse Erdogan.
Apesar da derrota, os opositores de Erdogan consideram os números desta eleição um avanço e que eles revelam um país dividido. Também acusam o presidente reeleito de ter feito "terrorismo eleitoral" e que seu novo mandato foi obtido a partir de “uma vitória de Pirro”.
Com informações da NBC, CNN e Guardian.