O vice-presidente da Direção Nacional do governista Movimento ao Socialismo (MAS), Gerardo Garcia, declarou que "foi um erro" escolher Luis Arce como candidato do partido à Presidência da Bolívia e, dessa disso, revelou que a legenda retirou o seu apoio ao governo.
A declaração de Gerardo Garcia confirma rumores de acentuadas diferenças entre Evo Morales e o presidente Luis Arce.
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O vice-presidente do MAS acusa Luis Arce de ter "se desviado para a direita" e revelou que a direção do partido não recebe mais as "contribuições" de funcionários desde 2022.
"Tínhamos confiança para ser um bom economista, um bom administrador economicamente no país, mas nosso presidente Luis Arce parece ter nascido para ser comandado e não para comandar o país", declarou Gerardo Garcia, que também classificou o vice-presidente David Choquehuanca como "traidor" e ressentido".
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As declarações de Gerardo Garcia foram realizadas durante uma coletiva do MAS em La Paz, capital da Bolívia. Também participaram do anúncio parlamentares da ala de Evo Morales.
A crise entre Luis Arce e o MAS tem como ponto de partida um esquema de corrupção descoberto no Ministério do Meio Ambiente e Águas. O deputado Héctor Arce Rodriguez, que faz parte da ala do ex-presidente Evo Morales, participou da coletiva e falou sobre o escândalo.
"Esse prédio foi construído pelo irmão Evo Morales para planejar o desenvolvimento do país. Hoje, infelizmente, esse prédio da frente abriga criminosos, corruptos, que assaltam os bolsos do povo boliviano", disse.
Em suas redes sociais, o ex-presidente Evo Morales, em publicação recente, faz menção sobre os casos de corrupção no atual governo e pede "investigações transparentes".