ACONTECE NOS EUA...

George Santos é preso sob acusação de 13 crimes federais

Deputado que mentiu no currículo é filho de brasileiros e tem histórico de mentiras e fraudes

Créditos: Reprodução/FB/George Santos
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O deputado federal dos EUA George Santos (R) foi preso na manhã desta quarta-feira (10) após ser oficialmente indiciado por pelo menos treze crimes federais.

Considerado um dos mais radicais trumpistas deputados dos EUA, o filho de brasileiros - que viveu muitos anos no nosso país - foi eleito por um distrito que combina parte da região metropolitana da capital Nova York, como o Queens e Long Island.

Santos se propagandeou como um homem com extensa experiência em empresas de consultoria, em bancos da escala de Goldman Sachs e Citigroup. Ele também afirmou ter se formado na renomada Baruch, com mestrado na New York University. Era tudo mentira.

No Brasil, ele foi processado por passar cheques sem fundo para uma loja de sapatos. Além disso, por aqui, era uma drag queen. Lá, é um dos republicanos conservadores que mais promove leis anti LGBTQIA+.

Ele foi preso sob 13 acusações, incluindo sete acusações de fraude eletrônica, três acusações de lavagem de dinheiro, uma acusação de roubo de fundos públicos e duas acusações de fazer declarações materialmente falsas à Câmara dos Deputados.

Isso tudo porque, além das mentiras à imprensa e aos eleitores, Santos trabalhou em um esquema de pirâmide que roubou mais de US$ 17 milhões de investidores. Ele também é acusado de operar esquemas de clonagem de cartão de crédito e de uso de dinheiro de campanha para despesas pessoais como pagamento de contas e até aluguel.

Na manhã desta quarta-feira (10), o parlamentar republicano foi levado sob custódia a sede do FBI em Long Island. De lá, ele foi levado ao tribunal em Central Islip. Santos deve comparecer ainda na quarta-feira ao tribunal federal do Distrito Leste de Nova York, onde deve será submetido a depoimento sobre as acusações.

Nem Santos, nem seus representantes se comunicaram publicamente sobre o tema e mantém silêncio sobre a prisão.

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