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EUA aumentam juros e dificultam redução da Selic no Brasil

Aumento de 0,25% nos juros do FED dificulta batalha do governo brasileiro por Selic baixa

Nova taxa de juros estadunidense chega em patamar mais alto desde 2008
Nova taxa de juros estadunidense chega em patamar mais alto desde 2008Créditos: AgnosticPreachersKid/CCBYSA
Escrito en ECONOMIA el

O Federal Reserve (Fed) anunciou nesta quarta-feira (22) um aumento na taxa básica de juros do país. Agora, a interest rate dos EUA sobe de 4,75% para 5%.

A decisão é mais uma das medidas para evitar fuga de capitais e tentar frear a crise no sistema bancário iniciada após a quebra do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.

A ideia da medida é dificultar acesso ao crédito e reduzir a falta de liquidez dos bancos. "O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos é incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação", disse o banco central através de comunicação.

A inflação americana em 2023 está no patamar de 6,3%, ou seja, a nova taxa de juros implica um juro real negativo de 1,3%. A imprensa dos EUA afirma que esse deve ser o último aumento nos próximos meses.

Taxa Selic: cai ou sobe?

Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Política Monetária (COPOM) anunciaria a nova taxa de juros brasileira. A Selic tem sido um alvo de disputa entre o governo e o Banco Central, que segue sob comando do bolsonarista Roberto Campos Neto.

Até Geraldo Alckimin, considerado um dos figurões mais à direita da gestão Lula, criticou a taxa de juros brasileira, considerada a mais alta do mundo.

Porém, o aumento da taxa de juros do Fed deve dificultar a vida do governo brasileiro. Sob a desculpa de reduzir a inflação e reduzir os efeitos da crise bancária no país, o BC pode manter a taxa no mesmo patamar, mesmo com a pressão política.

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