O Departamento de Trabalho dos EUA revelou nesta semana algumas imagens das mas de 100 crianças que foram encontradas trabalhando em um abatedouro da empresa brasileira JBS no estado de Nebraska, nos EUA.
Segundo o órgão, 102 crianças entre 13 e 17 anos atuavam como contratadas da terceirizada Packers Sanitation Services Incorporated (PSSI) em uma planta da empresa.
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Nas denúncias, já se sabia que elas estavam utilizando químicos pesados para fazer a limpeza de equipamentos da planta. As investigações começaram quando, no ano passado, uma criança chegou na escola com queimaduras químicas em sua pele após trabalhar em escalas noturnas.
“Parece ser fato conhecido dentro da comunidade que os menores estão ou estavam trabalhando em turnos noturnos. Eles nos contaram sobre crianças que dormiam na aula, que tinham queimaduras, queimaduras químicas. Eles estavam preocupados com a segurança das crianças. Eles estavam preocupados por não conseguirem ficar acordados e fazer seu trabalho, que é aprender na escola”, afirmou Shannon Rebolledo, investigadora do órgão regulador dos EUA, ao programa 60 Minutes.
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Em fevereiro, o departamento obrigou a empresa terceirizada a pagar uma multa de US$ 1,5 milhão para a comunidade por violar as leis de trabalho infantil dos EUA.
Novas denúncias mostram que a PSSI frequentemente utiliza mão de obra de trabalhadores imigrantes e de crianças para realizar o trabalho.
“Não há como isso ter sido apenas um erro, um erro administrativo, um punhado de indivíduos desonestos conseguindo passar. Esse era o procedimento operacional padrão”, completou Rebolledo.
Após denúncias, a JBS decidiu trocar a empresa terceirizada responsável pela limpeza nesta e em outras fábricas. Atualmente, a companhia dos irmãos Batista tem 9 plantas operando nos EUA e tem sido alvo de diversas denúncias de violação aos direitos do trabalhistas.