A China ultrapassou 700 milhões de usuários ativos do Protocolo da Internet versão 6 (IPv6) em 2022. Essa marca representa um novo e importante progresso na construção de um país digital.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) durante uma coletiva de imprensa preparativa da sexta Conferência Digital Cúpula da China em Fuzhou, província de Fujian, sudeste do país, que será realizada dias 27 e 28 de abril.
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O IPv6 é a versão mais recente do protocolo de comunicação que fornece um sistema de identificação e localização para computadores em redes e faz o roteamento do tráfego pela internet.
Um total de 2,31 milhões de estações base 5G foram construídas na China até o final do ano passado, com redes ópticas gigabit capazes de atingir mais de 500 milhões de residências.
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O número de conexões móveis da Internet das coisas (IoT) ultrapassou o número de usuários de telefones celulares pela primeira vez, tornando a China o primeiro país do mundo a atingir esse marco, elencou o vice-ministro da Administração do Ciberespaço da China, Cao Shumin.
Com 718 milhões de usuários IPv6 ativos, a China ficou em primeiro lugar globalmente em dezembro de 2022, seguida pela Índia com 495 milhões de usuários e os EUA 155 milhões, de acordo com um white paper sobre o suporte global a IPv6 em 2022 divulgado em janeiro.
A taxa de adoção do IPv6 na China estava "em um estágio de rápido crescimento" em 2022, aumentando em 110 milhões em um único ano, informou o documento.
Força-motriz do crescimento econômico
A China continua sendo a segunda maior economia digital do mundo, que se tornou um dos principais motores do crescimento econômico do país, observou Cao.
Em 2022, a receita operacional da indústria de fabricação de informações eletrônicas atingiu 15,4 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,2 trilhões), e a receita do negócio de software atingiu 10,8 trilhões de yuans, ultrapassando 10 trilhões de yuans pela primeira vez.
A transformação digital das indústrias foi aprofundada. No ano passado, a taxa de aplicação da tecnologia da informação na produção agrícola ultrapassou 25%. A internet industrial foi integrada em 45 categorias da economia nacional, com as vendas no varejo online representando um recorde de 27,2% do total de vendas no varejo de bens de consumo.
O desenvolvimento digital também facilitou a vida das pessoas. Um total de 208 governos nos níveis provincial e municipal lançaram plataformas de dados abertos e os serviços de governo eletrônico foram aprimorados com alta eficiência e conveniência.
Em 2022, a China também lançou uma plataforma de educação inteligente, construindo o maior reservatório público mundial de recursos de educação e ensino. Na área da saúde, mais de 26,7 milhões de serviços de telemedicina foram fornecidos em todo o país.
Base sólida para a economia digital
A tecnologia digital é a base para promover o desenvolvimento da economia digital e uma forte força-motriz para o desenvolvimento da economia real, pontuou o diretor-geral do Departamento de Alta e Nova Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, disse Chen Jiachang.
Chen disse que o ministério sempre deu grande importância ao desenvolvimento da tecnologia digital e fez implantação sistemática com base nos planos nacionais de ciência e tecnologia em vários aspectos, especialmente tecnologia básica, aplicação e segurança da tecnologia digital.
Por exemplo, o ministério criou um escritório específico para planejar e promover o desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Grandes projetos de IA de nova geração foram lançados, com implantações correspondentes em tecnologia de gêmeos digitais, fabricação digital e medicina inteligente.
Em termos de segurança cibernética e de tecnologia digital, Chen comentou que o ministério coordenou missões de pesquisa científica entre campos com foco na proteção de segurança de infraestrutura crítica, confirmação de direitos de dados, proteção de privacidade, fabricação inteligente e outras novas tecnologias e aplicações.
A partir de 27 de abril, a cúpula de dois dias vai se concentrar em acelerar a construção de uma China digital e promover a modernização chinesa. Um relatório sobre o desenvolvimento digital do país será divulgado durante o evento.
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Presidente francês visitará a China de 5 a 7 de abril
A convite do presidente chinês, Xi Jinping, o presidente francês, Emmanuel Macron, fará uma visita de Estado à China de 5 a 7 de abril. O anúncio foi feito pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying nesta segunda-feira (3).
Após o anúncio, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Mao Ning detalhou os planos para a visita de Macron em uma coletiva de imprensa. Ela informou que o presidente Xi manterá conversas com o homólogo francês para planejar e orientar em conjunto o desenvolvimento futuro das relações China-França.
As negociações também vão aprofundar a cooperação em vários campos da China e da França, bem como da China e da Europa, pontuou Mao. Ela acrescentou que os dois líderes terão uma troca de pontos de vista aprofundada sobre as principais questões internacionais e regionais.
China e França são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e potências mundiais, observou. Sob a orientação estratégica de ambos os líderes nos últimos anos, as relações China-França mantiveram um bom desenvolvimento, disse.
Além da capital nacional, Pequim, Macron também fará uma visita a Guangzhou, capital da província de Guangdong, no sul da China.
Visita da presidenta da União Europeia à China
Também visitará a China, na mesma data do presidente francês, de 5 a 7 de abril, a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Este ano marca o 20º aniversário da parceria estratégica abrangente China-UE.
A porta-voz Mao comentou que o desenvolvimento sólido e estável das relações China-UE atende aos interesses comuns de ambos os lados e contribui para a paz e a estabilidade globais.
"Diante da situação internacional desestabilizada, dos desafios emergentes de segurança global e da lenta recuperação econômica, a China e a UE devem buscar respeito e benefício mútuos e resultados em que todos saem ganhando, superar distrações e dificuldades e focar em um terreno comum e na cooperação", observou Mao.
Nova Rota da Seda: progresso na cooperação editorial internacional
Um relatório sobre o desenvolvimento da cooperação editorial internacional sob a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, da sigla em inglês), a Nova Rota da Seda, mostra que os acordos comerciais de direitos autorais assinados entre a China e os países relacionados à iniciativa aumentaram 167% de 2016 a 2021.
O relatório, o quarto volume desse tipo, foi divulgado pela Academia Chinesa de Imprensa e Publicação (CAPP, da sigla em inglês, em Pequim, nesta segunda-feira (3).
Segundo o relatório, em 2021, houve 10.162 negociações de direitos autorais entre a China e os países relacionados à BRI, uma queda de 567 em relação ao ano anterior. Do total, 1.623 direitos autorais foram importados, 12 a mais que no ano anterior.
O chefe do CAPP, Wei Yushan, disse que, sob a orientação dos departamentos relevantes, os editores na China construíram em conjunto plataformas para publicações acadêmicas, literárias e infantis com países e regiões relevantes, construindo uma ponte para uma cooperação estreita entre a China e países estrangeiros.
Feira Internacional de Brinquedos e Presentes realizada em Shantou
A 22ª Feira Internacional de Brinquedos e Presentes da China Shantou (Chenghai) foi realizada em Shantou, província de Guangdong, de 1 a 3 de abril. Mais de 180 mil brinquedos e produtos relacionados de 550 marcas foram apresentados na exposição.
O distrito de Chenghai, na cidade de Shantou, é conhecido como a "Capital dos Brinquedos e Presentes na China". Atualmente, a localidade abriga mais de 50 mil empresas de produção e operação de brinquedos, cobrindo toda a cadeia industrial de fornecimento de matéria-prima, P&D e design, criação de propriedade intelectual, fabricação e comércio.
Na exposição, mais de nove mil compradores profissionais nacionais e internacionais e 100 empresas líderes de comércio eletrônico internacional dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Rússia, Bielo-Rússia, Argentina, Coreia do Sul, Singapura e outros países se reuniram para encontrar oportunidades de cooperação. Eles assinaram acordos com fornecedores locais, com uma intenção total de 10,8 bilhões de yuans (US$ 1,57 bilhão).
Além da exposição em Shantou, em paralelo, está sendo realizada uma exposição on-line que vai até o dia 15 de abril para ajudar os expositores a buscar mais oportunidades de negócios por meio de transmissão ao vivo.
13º Festival Internacional de Cinema de Pequim será aberto no final de abril
O 13º Festival Internacional de Cinema de Pequim (BIFF, da sigla em inglês) será realizado de 22 a 29 de abril, com o renomado diretor chinês Zhang Yimou como presidente do júri internacional do Prêmio Tiantan, de acordo com os organizadores.
Quinze filmes concorrerão ao Prêmio Tiantan deste ano. Eles foram selecionados entre 1.488 filmes de 93 países e regiões que se inscreveram para a competição.
Durante o festival, mais de 160 filmes internacionais de temas diversos serão exibidos em 27 salas de cinema de Pequim.
As nove principais seções do festival ocorrerão em formato físico, enquanto um "festival de filmes em nuvem" continuará a fornecer exibição sob demanda e outros serviços, informou a organização.
Iniciado em 2011, o BIFF visa aumentar o intercâmbio entre os membros da indústria global. O evento atraiu cada vez mais atenção internacional graças ao mercado de filmes em expansão da China.
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'A estrela vermelha brilha sobre a China', obra clássica sobre a Revolução Chinesa, está em pré-venda
A editora brasileira Autonomia Literária anunciou a pré-venda do clássico Red Star Over China, em sua primeira versão em português que ganhou a tradução A estrela vermelha brilha sobre a China.
A versão brasileira conta com extensas notas de contextualização e é uma leitura fundamental para entender o que é a China contemporânea. Traz sinopses do professor Elias Jabbour, da pesquisadora Tings Chak e do diretor Vijay Prashad, ambos do Instituto Tricontinental.
Com informações da Xinhua e CGTN