O papa Francisco revelou reflexões sobre sua morte e a possibilidade de quebrar um protocolo centenário da Igreja Católica, em entrevista concedida à emissora mexicana Televisa. Prestes a completar 87 anos, Francisco é o sumo pontífice desde março de 2013.
De acordo com sua declaração, ele não deseja ser enterrado nas grutas da Basílica de São Pedro, no Vaticano, como rege a tradição da Igreja Católica. Desde 1913, os restos mortais dos papas são sepultados em uma área subterrânea da basílica.
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Francisco afirmou seu desejo de ser sepultado na basílica de Santa Maria Maggiore, localizada em Roma, onde ele tem o costume de rezar antes e depois de cada viagem sua. Em seu primeiro dia como pontífice, o papa visitou a basílica, que abriga sua imagem favorita de Maria, mãe de Jesus Cristo – o Salus Populi Romani.
Esta foi a primeira entrevista de Francisco desde sua última crise de bronquite aguda, que o impediu de viajar, no início de dezembro, a Dubai, sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28). Em outubro, ele publicou uma carta em que reforça a necessidade de reconhecer os efeitos do colapso ambiental.
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O papa ainda tem uma viagem agendada para a Bélgica no primeiro semestre de 2024 e planeja ir à Polinésia e para a Argentina, sua terra natal. Seu quadro clínico, no entanto, exige que ele ainda não confirme estes eventos: "É verdade que todas as viagens estão agora repensadas", sinalizou.
Se elas [viagens] estiverem por perto, podem ser feitas. Se estiverem mais distantes são repensados. Existem limites.
Ele também declarou a possibilidade de renunciar ao cargo, ainda que a ocupação da instituição seja de duração vitalícia. Por isso, afirmou estar disposto a continuar com a função ou a deixá-la para um próximo pontífice: "Peço ao Senhor que diga basta, em algum momento, mas quando ele quiser".