O recém-empossado presidente argentino Javier Milei anunciou, junto de seu pacote econômico, que vai fazer uma reforma para expandir a base fiscal do governo.
Em discurso durante a campanha, o então candidato havia afirmado que preferiria "cortar um braço" do que aumentar um imposto, além de criticar a própria existência do imposto de renda.
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Mas será justamente esse o imposto que Milei deseja "reformar" para tentar alcançar a arrecadação necessária para colocar em prática o seu novo Plano Collor.
Além do aumento nos impostos, o ultraliberal também anunciou outras reformas econômicas que vão causar danos profundos na economia do dia-a-dia.
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Entre as propostas estão a mudança no câmbio, o fim dos subsídios e os cortes fiscais - incluindo o fim do repasse de gastos discricionários para as províncias -, que devem causar um arrocho sangrento na vida do argentino médio.
A tendência é que com o aumento do câmbio oficial, o os produtos importados da Argentina - que são muitos, inclusive os básicos - vão subir de preço.
Com aumento dos impostos, redução do poder de compra, aumento dos gastos das famílias e redução do funcionalismo público, a Argentina caminha para o abismo social e econômico.
O estelionato eleitoral de Milei fica cada vez mais evidente e a popularidade do extremista de direita certamente vai cair, posando uma dura missão para a continuidade do seu governo que já não tem base política suficiente no Senado e na Câmara.