Os deputados federais republicanos dos EUA conseguiram autorizar uma investigação de impeachment contra o presidente dos EUA, Joe Biden.
A investigação é baseada em alegações de abuso de poder e facilitação de suborno, envolvendo, em especial, as denúncias contra o filho do presidente, Hunter Biden, que foi recentemente condenado por sonegação fiscal.
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A Câmara dos Deputados dos EUA tem maioria republicana e vai tentar desidratar o mandatário para que ela perca tempo se defendendo das acusações.
O chefe da Casa Branca alega que as denúncias não tem sentido ou base na realidade, o que é verdadeiro.
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Nos EUA, o presidente entra em impeachment com um voto da Câmara dos Deputados. Depois, ele vai para o julgamento de impeachment, que pode o retirar do cargo ou não.
Para ser retirado do cargo, ele tem que receber dois terços dos votos (uma maioria qualificada) dos senadores.
Na atual conjuntura, isso é absolutamente impossível. Assim como foi nos últimos dois casos de impeachment nos EUA.
Em 2020, Trump (R) foi alvo de um processo de impeachment aprovado pelos deputados, então com maioria democrata, e derrubado no Senado, que envolvia o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Em 1998, o presidente Bill Clinton (D) foi acusado de obstrução de Justiça e de mentir sob juramento no caso Monica Levinsky. O impeachment foi iniciado pela casa baixa (àquela época de maioria republicana) e morreu na câmara alta.
Biden, assim como Clinton e Trump, sabe que não vai perder o cargo. Mas isso serve como uma distração no sistema político que pode acabar prejudicando o atual presidente.
A popularidade ridícula de Biden não será o suficiente para que ele vença a máquina trumpista em 2024. Ele precisa fazer entregas sociais e econômicas de grande capacidade para tentar reverter sua impopularidade entre as comunidades mais pobres dos EUA.
Além disso, os erros na Ucrânia e em Israel afastaram Biden dos eleitores mais conservadores e dos muçulmanos, que compõem uma base importante nas proximidades de uma eleição que deve ser decidida no voto a voto.
O impeachment só atrasa o atual presidente, que corre contra o tempo para tentar reverter sua impopularidade.