O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou hoje duas vezes em combate direto entre tropas dos Estados Unidos e da Rússia na Europa, se Moscou "vencer" a guerra na Ucrânia.
No discurso, na Casa Branca, Biden estava apelando para que os republicanos, que controlam a Câmara, aprovem o pacote de ajuda a Kiev, de mais U$ 61 bilhões, ou quase R$ 300 bi.
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Com a expulsão do brasileiro George Santos, a maioria dos republicanos na Câmara é de 221 votos a 213.
O pedaço do partido leal a Donald Trump quer criar embaraços ao apoio de Washington à Ucrânia de olho nas eleições presidenciais de 2024.
Trump argumenta que Biden, quando vice-presidente, e seu filho Hunter tinham interesses econômicos diretos relacionados a Kiev e promete acabar com a guerra.
A Casa Branca diz que o dinheiro da ajuda à Ucrânia já aprovado pelo Congresso, o equivalente a R$ 530 bilhões, está acabando.
A nova ajuda seria destinada especialmente à compra de armas e munições produzidas nos Estados Unidos.
Biden colocou os republicanos na defensiva:
Os republicanos no Congresso estão dispostos a dar a Putin o maior presente que ele pode esperar e a abandonar a nossa liderança global
De acordo com o discurso, a não aprovação de um novo pacote enfraqueceria a determinação dos europeus de financiar a guerra na Ucrânia e poderia, eventualmente, levar a combates diretos entre tropas dos EUA e da Rússia.
DISCURSOS SOMBRIOS
Biden sugeriu que, vencendo na Ucrânia, Putin avançaria:
Se ele continuar e atacar um aliado da OTAN, então teremos algo que não procuramos e que não temos hoje -- tropas americanas lutando contra tropas da Rússia
A contraofensiva de Kiev contra a Rússia, bancada por armas de vários paises europeus e baterias de mísseis de longo alcance dos Estados Unidos, não deu resultados.
A Rússia lançou sua própria ofensiva de inverno.
A Duma, Congresso russo, deve votar uma lei para considerar o mar de Azov um corpo de água russo, o que consolidaria o controle de Moscou sobre territórios ucranianos sob ocupação russa.
Dinamarca, Holanda e Bélgica, com apoio dos Estados Unidos, prometeram fornecer a Kiev mais de 60 caças F-16, além do treinamento de pilotos. Eles devem entrar em ação em 2024.
Maria Zakharova, porta-voz do Kremlin, fez um alerta sombrio ao dizer que a Rússia considera os caças um alvo legítimo mesmo que sejam operados de países vizinhos, como Polônia, Eslováquia e Romênia.
BREAKING:
?Biden raises the possibility of “American troops fighting Russian troops”
This is clearly increasing the possibility of World War III.
After the Ukrainian military began collapsing en masse across the front in recent weeks, Biden is now raising the possibility… pic.twitter.com/jkv7xYWwQ3 — Megatron (@Megatron_ron) December 6, 2023