A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou a expulsão do deputado George Santos nesta sexta-feira (1), encerrando um mandato tumultuado.
O parlamentar de extrema-direita é nascido no Brasil, mas se elegeu com uma plataforma trumpista e faz parte do partido Republicano.
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Após uma investigação ética da Câmara e mais de 23 acusações criminais em âmbito federal, como fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, Santos perdeu o mandato com uma votação de 311 votos a favor da expulsão e 114 contra.
Isso significa que membros do próprio partido Republicano votaram a favor de sua expulsão. Ele havia sobrevivido a duas tentativas anteriores de expulsão este ano, mas não resistiu á terceira.
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Acusações contra George Santos
O parlamentar começou a chamar a atenção por conta de informações conflitantes em seu currículo, que depois se provaram completamente falsas. Ele alegou ter estudado em universidades que não frequentou e ter trabalhado para empresas que nunca o contrararam.
Contudo, seu a situação ficou grave pouco antes do Dia de Ação de Graças, na última semana, depois que o Comitê Ético da Câmara dos Deputados dos EUA, de forma bipartidária, emitiu um relatório de 56 páginas detalhando alegações de que Santos enganou seus doadores de campanha.
Segundo o documento, ele gastou fundos de campanhacom aluguel, artigos de luxo de designers, viagens pessoais a Las Vegas e os Hamptons, tratamentos cosméticos, incluindo Botox, e uma assinatura do site de conteúdo adulto no OnlyFans.
No Brasil, Santos era conhecido como Kitara Ravache, uma drag queen na cena LGBTQIA+ carioca nos anos 2000. Foi também aqui que o ex-deputado confessou ter praticado estelionato por ter passado um cheque sem fundo em uma loja de sapatos.
Na semana do dia 15 de novembro, ele recebeu visitas de parlamentares bolsonaristas como Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer e Julia Zanatta.