A Organização para a Cooperação Islâmica (OCI, na sigla em inglês) condenou neste domingo (5) as declarações racistas do ministro da Herança e Relações israelense, Amichai Eliyahu, nas quais ele pediu o lançamento de uma bomba nuclear na Faixa de Gaza.
Eliyahu afirmou a possibilidade do lançamento de uma bomba atômica sobre a Faixa de Gaza em uma entrevista concedida neste sábado (4). Para a Radio Kol Berama, ele afirmou ser "uma das possibilidades" de resolução do conflito entre Israel e Hamas.
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A OCI, em comunicado, afirmou que isso reflete o extremismo e o discurso de ódio que incita à violência e ao terrorismo organizado, bem como os genocídios cometidos diariamente pela ocupação israelense contra o povo palestino, em flagrante violação do direito internacional e das convenções e resoluções internacionais.
A organização rejeitou suas declarações, classificando-as como uma extensão da ideologia terrorista extremista, instando a comunidade internacional a condená-las e tomar medidas eficazes para interromper a agressão militar israelense, as massacres diárias e o genocídio cometido contra o povo palestino.
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Ministro afastado
Após a polêmica dessa declaração, neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, suspendeu o ministro Eliyahu de participar de reuniões governamentais, de acordo com informações da agência Reuters.
Netanyahu afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) que Israel e a IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) seguem as regras internacionais para evitar ferir inocentes na guerra.
“As declarações do ministro Amihai Eliyahu não são baseadas na realidade”, disse Netanyahu. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, também condenou a fala de Eliyahu.
Um mês de guerra
O conflito entre Israel e Hamas chegou neste domingo ao 30º dia e já deixou 11.063 mortos, segundo a última atualização da Al Jazeera. Do total, 9.633 são palestinos, sendo que a maioria (9.488) estava na Faixa de Gaza.
No conflito, pelo menos 1.430 israelenses morreram.