ISRAEL

Manifestantes protestam em frente a empresa de segurança ligada a Israel: "boicote"

Membros da Frente Povo Sem Medo realizaram ato denunciando a AEL, empresa de segurança sediada em Porto Alegre

Manifestantes de Frente Povo Sem Medo exibiram bandeiras da Palestina na fachada de empresaCréditos: Comunicação MTST
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Na manhã dessa terça-feira (14), a Frente Povo Sem Medo realizou uma ação simbólica de denúncia em frente à empresa AEL, em Porto Alegre, por conta de sua ligação com o estado de Israel.

A AEL é uma subsidiária da Elbit Systems, a maior empresa privada militar israelense, que fabrica drones armados amplamente utilizados nos ataques em Gaza, entre outros armamentos.

A manifestação segue os preceitos do movimento que pee Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS) contra empresas que tenham participação no genocídio israelense na Palestina,

Os manifestantes da Povo Sem Medo também fizeram um esforço para mostrar como os sistemas de segurança testados contra a população palestina são vendidos para o Brasil para repressão da policia militar.

Além de uma das principais fabricantes de drones do mundo, a Elbit Systems foi uma das responsáveis pea construção ilegal do muro israelense e até hoje provê e mantém seus sistemas de vigilância na Cisjordânia.

A empresa também também produz fósforo branco, cujo uso por Israel durante seus ataques à Palestina tem sido condenado pela Human Rights Watch e pela Anistia Internacional. 

Atualmente, no entanto, o site da AEL ostenta o apoio do governo federal, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) em sua página inicial. 

A Manifestação da Povo Sem Medo pede que o governo Lula corte acorde com empresas sionistas na área de defesa e segurança:

“Muitas pessoas no Brasil, especialmente a comunidade negra, sabem que estes acordos militares, de cooperação para tecnologia, armamentos e treinamento apenas irão exacerbar a matança na Palestina mas também no Brasil. Nos últimos 10 dias, armas israelenses foram usadas em 6 operações militares que fecharam todas as escolas, resultaram em violações de domicílios e mataram 3 pessoas na favela da Maré, no Rio de Janeiro", afirma o movimento BDS.

Dezenas de movimentos brasileiros, dentre eles o MTST, a CUT, a APIB e o Movimento Negro Unificado responderam a esse chamado.

“Urgimos ao presidente Lula que denuncie os acordos firmados por Bolsonaro com o apartheid israelense. Dado que os crimes contra a humanidade cometidos por Israel se nutrem da cumplicidade internacional, revogar estes instrumentos é fundamental para contribuirmos de fato com a paz, os direitos humanos e o direito internacional", completou o pedido.