Nas últimas horas desta sexta-feira, 10, a guerra urbana em Gaza está sendo travada no entorno de três hospitais da maior aglomeração urbana do território, a cidade de Gaza.
Há relatos de que o hospital Rantisi foi cercado por blindados de Israel e de negociações em andamento para que todas as pessoas que ocupam as instalações saiam carregando apenas um documento de identidade.
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Batalhas entre Israel e o Hamas também estão acontecendo no entorno do hospital Shifa, o maior de Gaza.
Ontem, o entorno do hospital Indonésio recebeu forte bombardeio de Israel.
Israel sustenta que o Hamas usa os hospitais como esconderijo.
Diz que o principal centro de comando e controle do grupo fica no hospital Shifa.
O grupo nega e pediu a presença de inspetores internacionais para desmentir as acusações.
Israel apresentou elaboradas animações de vídeos, interceptações telefônicas, depoimento de prisioneiros e fotos como prova.
Num dos casos, o túnel denunciado por Israel na entrada de um hospital, segundo o projetista do prédio, de fato existe mas é um acesso para a entrada de suprimentos.
É fato que o Hamas opera uma extensa rede de túneis sob Gaza.
PREPARANDO O TERRENO
Israel recebeu dos Estados Unidos as chamadas bombas "bunker buster", mísseis de penetração que só explodem depois de cavar a terra.
Numa área urbana densamente populosa, no entanto, o uso desta arma pode matar milhares de pessoas de uma só vez.
Por isso, Israel abriu a avenida costeira de Gaza para quem quiser fugir a pé para o Sul.
Segundo as Nações Unidas, 50 mil pessoas usaram a rota de fuga na quinta-feira.
Homens, mulheres e crianças. Bebês de colo. Famílias inteiras saÍram da cidade de Gaza com rumo incerto.
A incerteza é maior porque Israel continua bombardeando o Sul. Em Khan Yunis, por exemplo, detonou mais uma mesquita (ver vídeo abaixo).
O objetivo de Israel agora seria esvaziar os hospitais do Norte.
Desde o início dos bombardeios, há mais de um mês, Tel Aviv deu ordem de retirada, mas médicos se negaram a sair alegando que pacientes em estado grave e bebês corriam risco de morte se fossem transferidos.
Com o número de feridos se aproximando de 30 mil e vários hospitais fechados por danos do bombardeio ou falta de diesel para tocar os geradores, transferência de pacientes parece mesmo uma impossibilidade.
Nas últimas semanas foram registradas imagens de pacientes sendo atendidos no chão ou de pequenas cirurgias feitas sem anestesia.
O hospital Quds está operando com recursos limitados, por falta de energia (ver vídeo abaixo).
De acordo com os Estados Unidos, Israel concordou em fazer pausas humanitárias de quatro horas de duração, mas o governo de Benjamin Netanyahu não confirmou.
As pausas, no entanto, poderão ser usadas de maneira tática por Israel, uma vez que não serão aplicadas de maneira generalizada.
Ou seja, seria um cessar-fogo local para a retirada de civis que dificultam o enfrentamento com o Hamas.
The medical teams inside Al-Quds Hospital operate with minimal resources ??due to power outages caused by fuel depletion.
These videos from one of the displaced individuals continue to sustain the hospital ??amidst ongoing communication and internet disruptions for the third… pic.twitter.com/oLzmLKXSXv — PRCS (@PalestineRCS) November 10, 2023
The IDF bombing the Rantisi children's hospital pic.twitter.com/dbNEsi645N — ??????? ????? ?? (@MoatAwesome_) November 9, 2023
Insane lsraeli bombing in the vicinity of the Indonesian Hospital in Gaza Strip. pic.twitter.com/qDgFZG1zKb — TIMES OF GAZA (@Timesofgaza) November 9, 2023
??#Breaking: Footage of the IOF's bombing of the Khaled Bin Walid Mosque in Khan Younis, southern Gaza yesterday. pic.twitter.com/hjvQPccoSL — Pakistan Monitor (@PAKMoniter) November 10, 2023