Após passar 33 dias sob bombardeio das Forças de Defesa Israelense (IDF, na sigla em inglês) em Gaza, o grupo de 34 brasileiros-palestinos deixarão a região do conflito nesta sexta-feira (10) pela fronteira com o Egito, em Rafah, e deve desembarcar no Brasil até domingo (12).
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"Grupo de brasileiros e familiares que estava retido em Gaza já se encontra no posto fronteiriço de Rafah, desde as 7 da manhã, hora local (2 no horário de Brasília), à espera de chamada para os trâmites necessários para a entrada no Egito, e posterior repatriação para o Brasil", anunciou o Itamaraty na rede X, antigo Twitter, às 5h44 (horário de Brasília).
Hasan Rabee, que mora em São Paulo e ficou refém na guerra juntamente com a família quando visitava a mãe em Gaza, comemorou o retorno e publicou uma foto em frente ao portão de Rafah, por onde o grupo de brasileiros sairá.
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"Nós estamos na fronteira esperando abertura para segregar o viagem", escreveu.
Rabee também divulgou um vídeo dos brasileiros que estava na cidade de Khan Yunis dentro do ônibus, rumo à saída de Gaza.
A inclusão dos brasileiros na lista de hoje de Rafah foi informada ao Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, na tarde desta quinta-feira (10).
Todos os 34 brasileiros e familiares palestinos foram incluídos na lista.
Volta ao Brasil
No Egito, os brasileiros e familiares serão recebidos por uma equipe do Itamaraty, além de médicos que avaliarão a situação de cada um deles.
O grupo vai pegar um ônibus até o aeroporto de El Arish, que fica a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas, Recife antes da chegada no destino final em Brasília, prevista para domingo.
No Brasil, o governo federal prepara uma força-tarefa para acolher os brasileiros-palestinos com representantes da Polícia e da Receita Federal, que vão oferecer abrigo, documentação e alimentação.
Um médico e um psicológo também aguardarão o grupo. As famílias que não têm residência fixa no Brasil devem ficar abrigadas em São Paulo. Aqueles que quiserem, poderão se deslocar até casas de parentes em qualquer lugar do Brasil, com as passagens garantidas pelo governo.