A Organização das Nações Unidas (ONU) convidou o padre Júlio Lancellotti e o advogado Raphael Costa para falarem sobre os direitos humanos no Brasil, principalmente acerca das condições da população em situação de rua. Uma sessão sobre o tema vai ocorrer no Palácio das Nações, em Genebra, entre os dias 12 e 16 de fevereiro de 2024.
Lancellotti é conhecido por seu ativismo social. Há décadas trabalha em defesa dos direitos humanos das pessoas em situação de rua. Ele atua na Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de São Paulo, onde oferece assistência a pessoas em situação de rua na capital paulista.
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Conforme a coluna de Ancelmo Gois, do O Globo, o Conselho de Direitos Humanos da ONU avaliará dados e relatos sobre a população em situação de rua no Brasil, assim como casos de prisões injustas devido a erros em reconhecimentos de fotografias.
Adorado em 16 de dezembro de 1996, o Protocolo do Pacto Internacional sobre Direitos Civis foi ratificado pelo Brasil, ampliando a competência da ONU para investigar violações. A sessão da organização sobre a situação dos direitos humanos no Brasil será realizada no âmbito do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que conta com um conselho composto por 47 Estados-membros.
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Lançamento de obra contra a aporofobia
Recentemente, a Editora Draco anunciou a pré-venda do quadrinho “Pobrefobia - Vivências das ruas com Padre Júlio Lancellotti”, criado por Rogério Faria, Laura Athayde, Lila Cruz, Luiza Lemos e Raphael Salimena. A inspiração para a obra veio dos depoimentos coletados durante as rodas de conversas que o Padre Júlio Lancellotti promoveu com pessoas em situação de rua na Paróquia de São Miguel Arcanjo, localizada no bairro da Mooca, em São Paulo.
O livro apresenta quatro histórias originais, cada uma com 10 páginas, que exploram as experiências de preconceito, marginalização e as várias formas de violência enfrentadas por essas pessoas, fenômeno conhecido como pobrefobia, derivado do termo é derivado de “aporofobia”, definido por Adela Cortina, professora de Ética e Filosofia Política da Universidade de Valência, para descrever o medo, a aversão e a hostilidade direcionados a pessoas em situação de pobreza.