PALESTINA

Israel responde a ataque do Hamas bombardeando hospitais e matando profissionais da saúde

Informação é da ONG Médicos Sem Fronteiras que atua na Faixa de Gaza, território de onde partiu a operação militar palestina

Homens do exército israelense em 2010.Créditos: Flickr/Israel Defense Forces
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A ONG Médicos Sem Fronteiras que atua na Faixa de Gaza – localidade de onde partiu a ofensiva militar do Hamas contra a ocupação israelense - denunciou neste sábado (7) que a resposta de Israel aos ataques do grupo islâmico-palestino consistiu, entre outras coisas, em bombardear hospitais, equipamentos de saúde e matar médicos e enfermeiros. Entre as instituições afetadas, estão o Hospital Indonésio e o Hospital Nasser, ambos na cidade de Gaza.

Após o inédito ataque do Hamas, que para além de disparar os já conhecidos mísseis também empreendeu operações por terra e derrubou muros e checkpoints israelenses, o premiê Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo e autorizou ataques aéreos na região.

“Os ataques mataram uma enfermeira, um motorista de ambulância, deixaram feridos e afetaram a central de oxigênio”, diz nota da ONG publicada pela coluna de Jamil Chade, no Uol.

A enfermeira morta trabalhava no Hospital Indonésio, onde a central de oxigênio também foi destruída. Já o motorista assassinado dirigia uma ambulância do Hospital Nasser. Ambas as instituições trabalham junto com a ONG.

“Pedimos a todas as partes que respeitem as infraestruturas de saúde, que precisam continuar sendo um santuário para as pessoas que estão em busca de tratamento”, diz a Médicos Sem Fronteiras em nota.

Se por um lado a ofensiva do Hamas teria deixado cerca de 100 vítimas israelenses – conforme informações oficiais divulgadas pelo governo Netanyahu – a resposta de Israel já teria matado pelo menos 198 palestinos.

As autoridades palestinas de saúde ainda alertam que mais de mil palestinos ficaram feridos com os bombardeios israelenses, do outro lado seriam 750 feridos.

“O Hamas cometeu um erro grave nesta manhã, ao declarar guerra contra o Estado de Israel. Nossas tropas das Forças de Defesa de Israel estão combatendo o inimigo em várias frentes. Peço a todos os cidadãos de Israel que sigam as orientações de segurança. O Estado de Israel prevalecerá nesta guerra”, disse Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel.