O Estado de Israel voltou a promover um brutal bombardeio contra a Faixa de Gaza na noite desta sexta-feira (27) após deixar o enclave palestino completamente sem luz e incomunicável.
Mais cedo, o Crescente Vermelho e uma das empresas que fornecem serviços de telefonia e internet confirmaram a informação. Uma dessas empresas, o provedor Jawwal aponta que o corte na energia foi causado pelos bombardeios.
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Uma equipe da BBC Internacional que está em Askelon, a 10 km da Faixa de Gaza, confirmou que os bombardeios se intensificaram e que as forças terrestres da IDL (Israeli Defense Forces) estão entrando no enclave palestino. A informação foi confirmada por Daniel Hagari, o porta-voz da IDL.
Nesta noite, tropas israelenses chegaram ao distrito de Shejaya, na cidade de Gaza, 3 km distante do muro fronteiriço que separa o enclave palestino do território controlado por Israel. Imagens assustadoras foram divulgadas nas redes sociais pela própria IDF e por pessoas que estão próximas da região.
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Ao longo do dia
Ainda não há informações sobre o números de mortos e feridos desta noite. Mas as imagens que circulam nas redes e as declarações de porta-vozes do próprio Estado de Israel indicam que a barbárie israelense produzirá mais centenas de vítimas. Um deses porta-vozes é Mark Regev, assessor do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que disse mais cedo à Fox News que “os palestinos vão sentir toda a fúria de Israel nesta noite”.
No começo da tarde o Hamas lançou foguetes contra a cidade de Tel-Aviv. Quatro pessoas tiveram ferimentos leves em um prédio atingido. Enquanto isso, Israel divulgada por toda a imprensa ocidental uma verdadeira propaganda de guerra. A narrativa diz que o Hamas teria seu quartel-general em túneis subterrâneos debaixo do Hospital Shiffa, uma das principais instituições de saúde de Gaza.
ONU aprova resolução da Jordânia
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) acaba de aprovar, na tarde desta sexta-feira (27), a resolução proposta pela Jordânia para o conflito entre o Estado de Israel e os palestinos. Com 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções, o documento exige a proteção de civis na Faixa de Gaza e demais áreas de conflito, além de uma trégua humanitária.
“Israel está transformando Gaza em um inferno perpétuo na Terra. O trauma vai perseguir gerações inteiras”, disse Ayman Safadi, ministro das Relações Exteriores da Jordânia, que propôs a resolução em parceria com outros 22 países árabes.
A proposta rechaça o rótulo de terrorismo tanto para o Hamas como para o Estado de Israel. O Canadá havia proposto uma emenda que pedia a condenação do partido islâmico-palestino que governa Gaza como uma organização terrorista.
Mas o Paquistão rechaçou a proposta, e convenceu o mundo de que se o Hamas fosse tachado como terrorista, o Estado de Israel também deveria sê-lo. A emenda do Canadá foi rejeitada por 88 votos contra 53 e 23 abstenções.
Áustria, Croácia, República Tcheca, Fiji, Guatemala, Hungria, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Papua Nova Guiné, Paraguai, Tonga e os EUA foram as nações que votaram contra a proposta de resolução.
A resolução foi aprovada após quatro tentativas frustradas no Conselho de Segurança nas últimas duas semanas. Uma resolução proposta pelo Brasil e aprovada pela maioria dos países acabou sendo vetada pelos EUA, que têm poder de veto no Conselho.
Veja imagens dos bombardeios