Uma manobra assustadora realizada por um caça J-11 chinês, que é uma versão própria do russo Sukhoi Su-27, contra um gigantesco bombardeiro B-2 dos EUA, no mar do Sul da China, fez com que o Pentágono, o cérebro militar norte-americano, protestasse nesta quinta-feira (26). A aeronave de Pequim passou a três metros do avião de Washington, o que para padrões de aviação é quase uma resvalada.
Os militares dos EUA divulgaram as imagens registradas pelas câmeras noturnas do B-2, que mostram a passagem do caça chinês muito perto do bombardeiro, em meio à escuridão da noite. “O piloto voou de forma insegura e não profissional, colocando as duas aeronaves em risco de colisão. Achamos que o piloto não sabia o quão perto ele estava”, disse um comunicado do Pentágono.
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De fato, não dá para saber se os pilotos da China tinham consciência de tamanha aproximação, uma vez que especialistas da área afirmam que ele teria usado de forma desesperada os freios aerodinâmicos do J-11, o que denotariam que a aeronave dos EUA não teria sido percebida pelos asiáticos.
O B-2 é um devastador bombardeiro de uso exclusivo dos EUA, que pode carregar mísseis nucleares e convencionais. Parecido com um morcego, ele mede 52 metros de envergadura, 21 de comprimento e 5 de altura, atingindo mais de 1.000 km/h de velocidade. Sua capacidade é para mais de 80 toneladas de bombas.
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A região onde quase ocorreu a colisão é uma zona de constantes atritos entre a China e outros países, visto que Pequim reivindica soberania sobre uma área muito maior do que a reconhecida pelos vizinhos e pelos EUA. Como potência imperialista, aliás, os EUA habitualmente realizam exercícios com navios militares e aviões de combate no perímetro, como forma de provocar a China.
Essa não é a primeira ocorrência do tipo no mar do Sul da China. O Departamento de Defesa dos EUA divulgou um relatório, no dia 17 deste mês, com um compilado de ações semelhantes de aeronaves militares chinesas, protestando contra as constantes manobras que classificam como “imprudentes” e “perigosas”. Os homólogos de Pequim tomaram conhecimento do documento, mas o que consta é que o protesto foi ignorado.
Veja o vídeo: