ARGENTINA

Quem é Patrícia Bullrich: biografia e propostas da candidata de direita à presidência da Argentina

Patricia Bullrich disputa o primeiro turno contra Sergio Massa e Javier Milei

Patricia Bullrich no cargo de ministra de Segurança da ArgentinaCréditos: Ministerio de Seguridad
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Neste domingo (22), os argentinos vão as ruas para eleger o próximo presidente do país. Sergio MassaJavier Milei e Patricia Bullrich, candidata de direita macrista.

Neste artigo, vamos entender quem é Patricia Bullrich, quais são as principais propostas da candidata caso ela ganhe as eleições argentinas de 2023.

Quem é Patricia Bullrich

Patricia Bullrich é a candidata à presidência da Argentina pela coalizão Juntos por el Cambio, que reúne os setores tradicionais da direita liberal argentina, como Maurício Macri, ex-presidente do país.

Patricia Bullrich e Mauricio Macri, seu principal aliado e ex-presidente do país

Bullrich nasceu em 11 de julho de 1966 em Rosário, na província de Santa Fé. Sua carreira na política a levou a ocupar diversos cargos de destaque, desempenhando um papel importante no cenário político argentino. 

Ela cresceu em uma família de classe média e desde cedo demonstrou interesse pela política. Ela estudou Ciências Políticas na Universidade Católica Argentina.

Nos anos 1970, ela foi uma membro do grupo de guerrilha Montoneros, uma organização de extrema-esquerda que promovia atos considerados terroristas contra o governo militar argentino.

Posteriormente, começou sua carreira política como membro da Juventude do Partido Justicialista, onde apoiou a candidatura presidencial de Carlos Menem em 1989.

Em 1999, tornou-se a Chefe de Gabinete do Ministério da Política Social e Desenvolvimento Humano da província de Buenos Aires, sob a liderança de Graciela Fernández Meijide, de esquerda. Esse cargo foi o início de sua ascensão política, e ela ganhou notoriedade por suas políticas sociais e seu compromisso com o desenvolvimento humano.

Porém, ao longo dos anos, Bullrich foi engrenando para a direita. Foi com a chegada de Mauricio Macri à presidência da Argentina em 2015 que Patricia Bullrich alcançou o auge de sua carreira política.

Macri nomeou-a como Ministra de Segurança, um cargo fundamental em um país que enfrentava desafios significativos em relação à criminalidade e à segurança pública. Bullrich assumiu a tarefa com determinação, implementando políticas de combate ao narcotráfico e à criminalidade organizada.

Uma de suas iniciativas mais notáveis foi a criação da Força-Tarefa Conjunta, uma colaboração entre as forças armadas, a polícia e outras agências de segurança, com o objetivo de combater o narcotráfico na fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Sua abordagem firme e suas operações bem-sucedidas lhe renderam reconhecimento e respeito em todo o país, que marca a sua campanha atualmente como a candidata forte da segurança.

Em 2019, com a mudança de governo e a posse de Alberto Fernández como presidente, Patricia Bullrich assumiu a presidência do PRO (Proposta Republicana), um dos principais partidos de oposição na Argentina. 

Neste ano, venceu as primárias da coalizão Juntos por El Cambio contra Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires. Em um anúncio recente, Bullrich afirmou que, se eleita, Horacio Rodríguez Larreta, o rival que derrotou nas primárias, será seu Chefe de Gabinete.

Patricia Bullrich - propostas

Patricia Bullrich, a candidata de centro-direita à presidência da Argentina, propôs diversas medidas para enfrentar os problemas do país. Aqui estão algumas de suas principais propostas, de acordo com as fontes:

Ela promete estabelecer um novo regime cambial na Argentina que permita a importação e exportação livre em dólares, sem respaldo em ações do mercado financeiro, além de zerar o déficit do governo central através do privatismo que marcou o governo de seu padrinho político, Maurício Macri.

Seu principal mote de campanha é reforçar as medidas de segurança para combater o crime e o tráfico de drogas, em um discurso rígido de "ordem". Além disso, ela reza a missa de "menos impostos" e burocracia.

Patricia Bullrich vai ganhar?

Os números não são muito positivos para Bullrich. As pesquisas mostram uma competição acirrada com Javier Milei liderando na maioria das pesquisas, seguido por Sergio Massa em segundo lugar e Patricia Bullrich em terceiro lugar. Em algumas pesquisas, ela está a mais de 10 pontos de distância de Milei, primeiro colocado.

Bullrich precisa se provar uma candidata rígida o suficiente para conquistar o voto de Milei, mas não se afastar suficientemente de Massa em caso de um eventual segundo turno.